Cenas que deveriam ser inimagináveis para nosso tempo estão prestes a ocorrer para milhares de mulheres no Afeganistão. Ter os direitos ainda mais oprimidos, violentados, renegados, humilhados. Essa vem sendo uma semana em que o SER MULHER ganhou ainda mais evidência e lembrou do quanto ainda há desigualdade e desumanidade com relação ao ser feminino.

A sensação que se tem é que não importa o quanto as mulheres lutem, façam, mostrem que são capazes, sempre haverá um algoz querendo reprimir.

Os tempos na Campina podem até serem outros, em que mulheres são chefes de família com orgulho, empresárias bem-sucedidas, presidentes de instituições… mas, ainda estamos longe de uma cadeira no Legislativo e, que dirá no Executivo, por exemplo.

Muitas buscam seu lugar ao sol. Batalham de igual para igual com homens, para mostrar que são capazes, mas a força bruta ainda corrói. A intenção destas linhas  não é comparar a situação vivida pelas afegãs com a nossa realidade, mas fazer pensar.

De fatos históricos como a morte brutal da xanxerense Janete Cassol, revivemos há poucas semanas a notícia de uma xanxerense que foi encontrada abandonada em uma construção, com várias fraturas e marcas de violência sexual. Há poucos meses, uma mãe desesperada tentava encontrar a filha que era mantida refém dentro de um carro, em um bairro da Campina, sofrendo abusos sexuais.

O extremismo e o desrespeito pelo SER MULHER, infelizmente, ainda se perpetua, lá e cá. Mulheres ainda sofrem e vão sofrer no Afeganistão, ou em Xanxerê, mas precisamos mostrar, cada vez mais, para nossas meninas que elas também têm força e lhes oferecer cenários melhores e mais seguros.  O que estamos vendo ser feito e o que estamos fazendo para mudar essa realidade?