É DA CAMPINA - com Joimara Camilotti
Falta emprego em Xanxerê ou você que não quer trabalhar?
A retórica não é nova e vem sempre amparada em números, gráficos e projeções. A taxa de desemprego, sempre dizem, está em alta, mas e quando as vagas de emprego quase superam a procura?
Muito tem se ouvido de pequenos, médios e grandes empresários da Campina sobre a dificuldade na contratação de mão de obra. A vaga está disponível para a contratação imediata, a formação técnica/acadêmica nem sempre é a exigência, o salário inicial não é aquém de quem está à procura de um trabalho, mas então, por que é que a vaga não é preenchida?
Já chegamos a marcar mais de mil vagas disponíveis no Balcão de Emprego da cidade, isso falando só de Xanxerê. Se somar as opções nos 14 municípios da Amai o número é muito maior. E, a grande questão é, o que está acontecendo para a vaga não ser preenchida se do outro lado vemos muita gente “se queixando” que não tem emprego? Não tem emprego ou você que não encontra o emprego que sonha?
Hoje, a rotatividade nas empresas é grande. Não vemos mais trabalhadores como nossos pais, que criavam raízes nas empresas onde atuavam. Talvez porque hoje as opções de ganhos ou oportunidades de crescimento são maiores, mas há que se questionar se não há uma “má vontade” em permanecer na função ora ocupada e ir subindo cada degrau até chegar ao topo.
Onde é que está o erro? Na pessoa que não encontra um emprego ou nas vagas que hoje são ofertadas em nossa cidade?
Para o primeiro emprego, não se leva mais em conta a primeira oportunidade que surgir, se agarra ou fica esperando para escolher a “melhor” opção?
De longe, se percebe que essa conta do desemprego não vai fechar até que o pensamento, a boa vontade, a disponibilidade de aprender, de começar de baixo seja levada em consideração.
Xanxerê tem emprego, sim, seja para pedreiro, carpinteiro, engenheiro, advogado, jornalista, médico ou babá, o que não temos é gente disposta a aprender, se especializar e assumir tais funções. Por que será?
