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É DA CAMPINA - com Joimara Camilotti
É DA CAMPINA - com Joimara Camilotti

Vamos comemorar o quê?

08/03/2022 às 14:16

Quantas mulheres conseguem parar neste ou em qualquer outro dia do mês, ou do ano, para comemorar a sua luta nesta terra? Quantas mulheres estão lutando por alguma coisa? Quem são as mulheres que estão defendo suas semelhantes?  Conseguimos nosso espaço no mercado de trabalho? Nossa dignidade está onde mesmo? Nossos direitos estão sendo respeitados?

Diante de um cenário que parece ser sempre o mesmo, ano após anos, não há muito o que se comemorar quando se pensa em Mulheres. Sim, avanços são sempre muito bem-vindos, mas diante da quantidade – numérica mesmo – de mulheres ser bem maior que a de homens, a impressão é que fizemos ainda tão pouco.

Na nossa região, nas vésperas da data tão simbólica, uma indígena de apenas 23 anos é assassinada, na aldeia indígena de Ipuaçu. A cena geralmente parece ser a mesma, um corpo no chão, desta vez, a arma do crime parece ter sido as próprias mãos de seu algoz. A moça perdeu a vida estrangulada e o principal suspeito é o seu ex-companheiro.

No cenário nacional, um deputado, que não me permito dizer o partido, já que os colegas não tem culpa da ação do sem moral, deixou (ainda bem) vazar uma troca de mensagens onde desrespeita a imagem das mulheres ucranianas. Assim como ele, muitos aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade de momentos, para abusar do direito das mulheres. 

Mas, só relatar aqui o que todas estamos cansadas de ler e ouvir, não vai mudar nada. Então, mulher, está mais do que na hora de fazer e acontecer. Precisamos ocupar nosso espaço, precisamos defender umas as outras. Somos a maioria, damos conta de centenas de coisas ao mesmo tempo e não precisamos competir com homem nenhum, apenas precisamos ocupar nosso espaço.

Temos que valorizar as mulheres que estão à frente de tantas trincheiras da vida e precisamos, mais que depressa, fazer mais pelo poder, valor e capacidade que cada uma de nós tem.

Foi-se o tempo que rostinho bonito fazia a diferença. Hoje, além do cuidado estético (que não adianta, faz parte de muitas de nós) precisamos ser sabedoras das armas que temos a nosso favor e, se não soubermos como usar, vamos em busca da informação, vamos aprender, vamos se libertar e, principalmente, assim que tivermos tudo em mãos, precisamos agir. 

Então, chega de esperar, cobre, fale mais alto, busque seus direitos e ajude suas semelhantes. Só assim, vamos mostrar o valor que cada uma de nós tem.

Felizes Dias, Mulher!

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