Vacinação: notícias falsas espalham medo na população
Desde que o Governo Federal anunciou que as vacinas estavam disponíveis para serem aplicadas na população, milhares de fake news se alastraram pelas redes sociais e causaram preocupação nas pessoas. Consequentemente, muitos cidadãos não foram até os pontos de vacinação para receber a dose e ficaram sem o imunizante.
De acordo com o psicólogo e escritor, Júnior Chisté, que atua em Xanxerê, é necessário que as pessoas procurem se informar com órgãos competentes antes de repassarem qualquer informação. Além disso, as vacinas já são presentes na vida das pessoas há muitos anos.
- O medo nasce diante das inconstâncias do que se oferece, da interpretação que possuímos até diante do que foi criado para preservar a própria existência. A vacina, este modelo de fazer com que nossa imunidade aumente, vem desde a infância fazendo parte de nosso desenvolvimento. A vacina de agora, ou seja, da Covid-19, como tudo foi realizado de maneira rápida, desde a sua sintetização até os testes, logo surgiram rumores de que a vacina “A”, feita naquele país provocou efeitos colaterais. A vacina “B” produzida no outro país, produziu outros efeitos. A vacina “C” fabricada no Brasil, vai gerar efeitos nefastos. E assim por diante. Então, se cria uma bolha, se cria pensamentos de autodefesa que por muitas vezes são critérios nada condizentes com o que é na verdade. Filtrar as informações e se reter no que é fidedigno é o melhor a se fazer – destaca.
Júnior ressalta que a saúde mental da população está comprometida devido as fake news. Ele enfatiza que o medo pode ser tratado através de algumas técnicas.
- Este é um dos principais fatores que tem deixado a população com a ansiedade exacerbada, níveis de estresse alto e gerado preocupações. O vírus por si só se basta, o que ele tem provocado em grande parte do mundo, fazendo com que milhões de vidas desapareçam. A politização tem feito com que além da grave crise de saúde pública, a população tenha que conviver com informações inverídicas e propícias a instaurar o pânico generalizado. Há crime pior que esse? Como psicólogo, posso garantir que a saúde mental do brasileiro nunca esteve tão comprometida. É preciso identificar os pensamentos, exatamente aqueles que tem lhe feito refém de algo que na maioria das vezes não passa de historinhas que você se conta. Veja as reais possibilidades de algo realmente ocorrer. Fixe seu foco no que é real e não no que a sua mente criativa produz a todo instante. Não podemos controlar os pensamentos, mas podemos gerenciá-los – comenta.
Em relação a vacina, Chisté diz que a ciência avançou muito nos últimos anos. Segundo Júnior, quando estiver disponível a dose para a sua faixa etária, será vacinado.
- Se tomar me causa efeitos colaterais, se não tomar estarei suscetível ao vírus. Então, o que fazer? Nos recolher e ficar torcendo em uma batalha frenética contra nós mesmos? Não. A ciência, nestes tempos, tem que imperar. É evidente que escolhas cabem a cada um por diversos motivos, mas pessoalmente, evidente que tomarei a vacina. Acredito na ciência – conclui.