Médico xanxerense que venceu a covid reafirma importância da prevenção
O nome do médico Diego Corso, responsável técnico pelos médicos da Secretaria Municipal de Saúde de Xanxerê, ficou bastante conhecido no município com o início da pandemia do novo coronavírus. Ele é uma das figuras ativas no combate à doença, não só dentro do consultório, mas também repassando informação à sociedade xanxerense. E, depois de vários meses atuando contra o vírus, ele precisou enfrentá-lo na situação de paciente. Foram 20 dias de internação, maior parte na UTI, até receber alta e, como outros xanxerenses, poder dizer “eu venci a covid”.
Nos casos de infecção pelo vírus, é difícil poder dizer com certeza onde e em que momento houve a contaminação, ainda mais enfrentando a doença de frente todos os dias. Diego conta que desconfiou que poderia estar infectado quando começou a sentir calafrios e as mãos frias, “Porém, no final de semana anterior, realizei esforço físico embaixo de chuva, vindo posteriormente a sentir dores na parte inferior das costas e pouca tosse, o que não dei a devida importância.”, lembra.
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Mesmo assim, o médico fez o exame e, após o diagnóstico laboratorial, ficou isolado em casa. “Tudo estava tranquilo, sem outros sintomas. Realizei uma tomografia a qual evidenciava 10% de acometimento pulmonar. Porém, na madrugada do dia 10 de outubro, iniciei com febre alta (39°C), e respiração encurtada. Ao ir ao banheiro senti um desconforto e tontura, percebendo o agravamento do quadro. Com isso, minha esposa solicitou uma ambulância da DoctorHome, que me conduziu ao Hospital da Unimed, por possuir plano de saúde, onde fiquei internado”.
Diego teve alta hospitalar apenas no dia 30 de outubro. Ele não precisou ser entubado, mas passou pela UTI. A recuperação pós-covid exige ainda muitos cuidados, em alguns casos os pacientes ficam com várias sequelas. O médico, felizmente, não teve sequelas graves. Mas, atualmente ele permanece restrito em sua residência, devido a baixa da imunidade após a infecção.
“Estou em uso de oxigênio em baixa quantidade neste momento. Tenho realizado fisioterapia respiratória domiciliar e sendo acompanhado à distância pelos médicos Dr. Rodrigo Borbolato e a Dra. Ana Carolina Beheregaray. Minhas saídas do lar ficam restritas a quando necessito de consultas médicas, sempre com oxigênio e todos os cuidados”, explica.
Manter os cuidados é essencial
O médico lembra às pessoas que manter todos os cuidados possíveis para evitar a transmissão do vírus ainda é necessário, mesmo com o avanço da vacinação e a discussão sobre a revogação do uso de máscaras ganhando cada vez mais espaço.
“Independentemente da opinião sobre tratamentos ou vacinas, os cuidados são importantes, principalmente quando com sintomas respiratórios. Sabemos que é desconfortável usar as máscaras o tempo todo, porém não podemos negar que o seu uso diminuiu muito os quadros de gripes, resfriados e outras infecções transmitidas por via respiratória.”, comenta.
Ele ainda alerta que ao menor sintoma ou desconfiança, as pessoas devem procurar uma unidade de saúde do município ou laboratório da rede privada e realizar o exame diagnóstico. E, caso o resultado seja positivo, deve ficar atento aos sintomas de febre alta (acima de 38°C), falta de ar, respiração curta e fala cortada.
“Caso tenha algum desses sintomas, procure imediatamente as unidades de saúde ou hospital para avaliação. Procure se alimentar bem e ingerir bastante líquidos. Evite aglomerações e compartilhamento de objetos, como cuias de chimarrão. As festas de final de ano estão chegando, apesar das vacinas, novas variantes seguem surgindo, o que poderá repetir um novo ‘fevereiro de 2021’. Mesmo seguindo todos os cuidados, fui infectado e necessitei ser internado. Não desejo esse mal a ninguém.” alerta o médico.
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