Xanxerê é um dos municípios considerados de alto risco para dengue
Xanxerê está entre as cidades consideradas com alto risco de transmissão de dengue. É o que aponta o primeiro boletim epidemiológico sobre o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), deste ano, divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC). São 386 focos do mosquito, conforme a última atualização feita pelo município.
A responsável pelo programa de Combate à Dengue de Xanxerê, Janete Rodrigues, reafirma a orientação para que as pessoas não deixem nada que possa acumular água, “Tirar 10 minutos na semana para vistorias o seu imóvel, identificando possíveis criadouros e eliminando qualquer depósito que possa acumular água, manter caixas d'água e cisternas sempre bem vedadas”, são algumas das ações possíveis e que podem ajudar muito no combate à dengue, segundo ela.
Ao todo, 41 (29,7%) cidades de Santa Catarina estão na mesma condição. Além disso, o relatório mostra que 53 (38,4%) municípios apresentam médio risco e 44 (31,9%) baixo risco. Os resultados auxiliam a entender o cenário de transmissão da doença no estado.
Destaca-se que, dos municípios com alto risco, 11 estão localizados na região de saúde Oeste, nove no Extremo Oeste, seis na Foz do Rio Itajaí, seis em Xanxerê, quatro no Alto Uruguai Catarinense, dois no Médio Vale do Itajaí, um na Grande Florianópolis, um no Extremo Sul Catarinense, e um no Nordeste. Dos 41 municípios com alto risco, 21 registraram casos autóctones de dengue no ano de 2023.
Os dados deste ano, divulgados na última sexta-feira (31), demonstram um aumento no número de municípios classificados com médio risco. Em março de 2022 foram encontrados 33 municípios nessa condição. Já com relação ao alto risco de transmissão houve uma queda nos números.
“Entretanto, temos que salientar que este ano os municípios com o risco alto de transmissão de dengue possuem maior densidade populacional e isso sugere um aumento no número de casos em 2023”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive/SC.
Os municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti precisam realizar o LIRAa duas vezes por ano, uma em março e outra em novembro. Por isso, em 2023, 143 municípios foram orientados a realizar o boletim. Do total, 138 realizaram o levantamento.
O LIRAa é uma atividade que foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde em 2002. Ela permite a identificação de áreas com maior proporção/ocorrência de focos, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, chikungunya e zika. A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).
Sintomas da doença
Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos. Ao apresentar sinais e sintomas, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde.
Tabela/Fonte: LIRAa/LIA (*com informações até o dia 30/03/2023)
