Covid-19


Taxa de óbitos entre idosos não vacinados ou com esquema incompleto é 47 vezes maior

Por: Francieli Corrêa 04/02/2022 às 10:56 Atualizado: 11/02/2022 às 12:34

Um estudo realizado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), com dados de novembro de 2021 a janeiro de 2022, aponta que o risco de hospitalização e morte é maior entre pessoas não vacinadas, ou que estão com a vacinação incompleta quando comparadas àquelas que receberam o reforço. Durante o período ocorreram 871 mortes por covid-19.

A taxa de óbitos por covid-19 em idosos não vacinados ou com vacinação incompleta foi 47 vezes maior do que naqueles que receberam a dose de reforço. No período do estudo, a taxa na população acima de 60 anos que ainda não se vacinou ou se encontra com a vacinação incompleta foi de 836,4 óbitos por 100 mil pessoas vacinadas. Entretanto, quando se observa a taxa de óbitos entre os idosos que completaram o esquema e receberam a dose de reforço, a taxa de óbito cai para 17,7 óbitos por 100 mil pessoas imunizadas.

Já em relação aos adultos (18 a 59 anos), a taxa de mortalidade entre os não vacinados ou com vacinação incompleta foi 39 vezes maior do que naqueles que receberam a dose de reforço. A taxa de óbitos é de 27,3 óbitos por 100 mil pessoas entre os que não têm o reforço, contra 0,7 óbitos por 100 mil pessoas entre aqueles com esquema vacinal completo mais a dose de reforço.

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“Nós temos vacinas em número suficiente para atender a toda a população catarinense. Nós precisamos vacinar e todos precisam ter ciência de que essa é a melhor forma para sairmos dessa pandemia. Quando olhamos para os pacientes que estão evoluindo de forma grave com o coronavírus, observamos que a maioria possui um esquema vacinal incompleto e neste sentido é imprescindível que a população busque a dose de reforço e que os municípios facilitem o acesso a vacina ampliando e flexibilizando os horários de atendimento”, afirma o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.


Em Santa Catarina, 1.110.860 idosos com 60 anos completaram o esquema primário de duas doses. No entanto, apenas 651.489 idosos receberam a dose de reforço, o que representa pouco mais de 59% de cobertura para esta população. São cerca de 459 mil idosos atrasados para receber a dose de reforço. O resultado dessa baixa cobertura tem se refletido nos últimos dias no aumento da taxa de ocupação de leitos hospitalares e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) respiratória em todo o estado, ocasionando também no aumento da mortalidade nesse grupo.

“Os dados demonstram a importância da dose de reforço para se garantir uma proteção mais ampla contra formas graves da covid-19, reduzindo hospitalizações e mortes principalmente na população acima de 60 anos, mas também na população de 18 a 59 anos, num contexto de alta transmissibilidade promovida pela variante Ômicron”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.

Internações 

Nos casos de hospitalização, no período do estudo foram registradas 2.501 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com confirmação para covid-19. A taxa de hospitalização em idosos não vacinados ou com vacinação incompleta foi 31 vezes maior do que entre os idosos que já receberam a dose de reforço. Já entre os adultos, a taxa entre os não vacinados ou com vacinação incompleta foi 20 vezes maior.

Boletim epidemiológico 

Segundo boletim epidemiológico da covid-19 divulgado na terça-feira, 1º, houve um aumento de 95% no registro de mortes por covid-19 em Santa Catarina entre a semana epidemiológica 3 (16 a 22 de janeiro) que registrou 93 óbitos, e a semana epidemiológica 4 (23 a 29 de janeiro), que registrou 181 óbitos. O maior número de óbitos computados nessa semana vem ocorrendo em idosos, principalmente os que ainda não receberam a dose de reforço.

Santa Catarina teve um aumento de 68% nas hospitalizações de SRAG por covid-19 em relação a última semana de 2021, passando de 221 na semana Epidemiológica 52/2021 (26/12 a 01/01/2022) para 641 na semana epidemiológica 03/2022 (16 a 22/01).

Dados do levantamento

O estudo aponta que, em Santa Catarina, no período de 1º de novembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022, a taxa de hospitalização por covid-19 na população acima de 60 anos que ainda não se vacinou ou se encontra com a vacinação incompleta foi de 1.567,8 casos por 100 mil pessoas vacinadas. Entretanto, quando se observa a taxa de hospitalização entre os idosos que completaram o esquema e receberam a dose de reforço, a taxa de hospitalização cai para 50,2 por 100 mil pessoas imunizadas. Isso representa um risco 31 vezes maior nos não completamente vacinados do que nos que receberam o reforço.

Em relação à população adulta (18 a 59 anos), a taxa de hospitalização por Covid-19 foi 20 vezes maior entre a população não vacinada ou com vacinação incompleta (116,0 casos por 100 mil pessoas) quando comparada com a população que completou o esquema vacinal mais a dose de reforço (5,9 casos por 100 mil pessoas).

“As taxas de hospitalização e óbito por covid-19 utilizada no estudo é calculada por meio do número de hospitalizações e mortes por coronavírus em relação ao status vacinal da população catarinense. É uma medida que informa o quanto uma determinada população não completamente imunizada apresenta risco em relação a uma população devidamente imunizada”, explica Macário.


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Fotos: Secom

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