Com água cortada, restaurante de comida japonesa fecha as portas e donos cobram da Casan a soluç
Os donos de um restaurante de comida japonesa, o Bar Okinawa Sushi LTDA, de Xanxerê, procuraram o TSX para reclamar de uma situação que envolve a Casan do município. Segundo Kariury Neckel e Thamara Vieira, o problema começou depois que eles receberam a fatura do mês de maio deste ano, no valor de 1.290,70. Segundo eles, mais que o dobro do que costumam gastar mensalmente.
O Casal buscou a companhia de água e esgoto para entender o que poderia ter acontecido e resolveu não pagar a fatura enquanto não tivesse uma solução. Nesta segunda-feira (13) a água foi cortada e o restaurante precisou fechar. Segundo Thamara, a Casan chegou a trocar o registro, mas o valor da cobrança continuou sendo o mesmo e o casal permaneceu sem entender o que ocorreu.
“Eu fui até lá para saber o que tinha acontecido com aquele registro, porque ninguém mais deu notificação nenhuma, só mandaram novamente a fatura para nós. A moça falou que estava tudo certo com o registro e que isso era consumo de água nosso. Eu falei que nós não gastamos tudo isso e pedi para ela onde estava o registro velho e ela me disse que ele havia sido descartado. Como eu vou saber que não foi erro deles, sem o registro, como vou ter certeza?” Questiona Thamara.
A matéria-prima usada para os pratos servidos pelo restaurante tem prazo de validade curto o que aumenta o prejuízo de ficar sem poder atender, e, sem o pagamento da fatura, a Casan disse ao Procon e a eles que não vai religar a água.
“Como vamos ficar fechados todo esse tempo, com toda a matéria-prima que temos. São mais de R$ 5 mil que vão estragar e vão fora. Quem vai pagar isso para nós? Não conseguimos trabalhar, porque não temos água e sem água não conseguimos fazer nada” lamenta a dona do estabelecimento.
Ainda nesta segunda-feira, o casal foi até o Procon de Xanxerê, que notificou a Casan e entrou em contato por telefone com a companhia. O coordenador do Procon, Ivan Marques, explicou que chegou a entrar em contato com a Casan pessoalmente.
“Abrimos a reclamação contra a Casan, pedindo justamente informações sobre o caso. Porque eles alegaram que tiveram essa conta em maio, que eles entraram em contato com a Casan dizendo que não tiveram esse consumo e a Casan tirou o hidrômetro, mandou fazer uma aferição e segundo a companhia não há nenhuma irregularidade, mas, segundo o casal, eles mandaram um encanador olhar e não encontraram nenhum vazamento. Então, nós vamos, agora, atrás de provas. O que a gente pode fazer é tentar mediar esse conflito para que haja um entendimento entre as partes” explicou o coordenador.
Ainda segundo Ivan, a Casan tem um prazo para responder o Procon e diante da necessidade da empresa para se manter funcionando, o coordenador ligou direto para a gerente da companhia e em conversa, posterior, com a responsável do setor, foi informado de que não haverá a religação da água, porque o entendimento da Casan é de que a reclamação é improcedente e que só vai ligar quando a fatura for paga.
Em contato com a chefe da agência da Casan de Xanxerê, Angela Chinato, ela declarou ao TSX que a companhia está “à disposição do usuário para esclarecimentos”, mas que não poderia “expor situações que envolvem assuntos de cunho privado”.