A despedida de um verdadeiro “gente boa”

Normalmente quando alguém morre, todos os defeitos se apagam e os comentários em geral são de.... “que fulano era gente boa”.  Uma frase quase repetida de forma padrão, por educação e respeito no momento de dor da família e amigos mais próximos, mesmo que a pessoa não fosse, ou que pelo menos não fosse unanimidade sobre isso.

Esta semana, no entanto, Xanxerê perdeu uma pessoa que era unanimidade no quesito gente boa. Defeitos todos temos, uns mais, outros menos, mas poucas pessoas conseguem passar por esta vida e agregar em torno de si um conceito assim bem abrangente.

Péricles Correa, com apenas 46 anos, conseguiu e não se diz ou escreve isso agora, apenas porque ele já não está mais entre nós, pelo menos fisicamente.

Quem o conheceu vai até entender melhor este texto, pois com o Péricles não tinha tempo ruim. Estava sempre pronto e disposto a ajudar, participar e se envolver. A família, os amigos, o Inter, incluindo aí também um pouco o Olaria do bairro Aparecida e a Secretaria de Esportes, eram suas principais paixões. Dedicava sua vida, ajudava, preenchia seu tempo e literalmente se doava.

Sua esposa, Vanessa, sabia disso como ninguém e quis lhe prestar uma homenagem que emociona: 
“Quando estava sendo preparado para o enterro, vestiram no Péricles um bonito e elegante terno, mas a esposa, no entanto, não concordou e decidiu trocar a roupa por uma camiseta do Inter e um agasalho da Secretaria Municipal de Esportes e assim ele foi sepultado, levando junto ao corpo os símbolos de duas de suas paixões. O Inter, para quem sempre torceu com fervor, e a Secretaria de Esportes, o local onde passou boa parte da vida e que por mais de 20 anos foi sua segunda casa”

Em geral, todos tem a sua importância e quando morrem fazem falta para os familiares, para os amigos, para a comunidade. Cada um do seu jeito. Mas nos permitam que hoje façamos aqui através do TSX esta homenagem especial ao amigo de Xanxerê Péricles Correia, 46 anos, um jovem ainda que perdeu a luta para o coronavírus, mas que vai ficar marcado na história pelo seu jeito simples e verdadeiro de ser.

Que vai sempre ser lembrado como Péricles, o “GENTE BOA”