Tenente-coronel BM Walter Parizotto assume comando regional do CBMSC no Oeste

O tenente-coronel BM Walter Parizotto, que por cerca de 20 anos fez parte do Corpo de Bombeiros Militar de Xanxerê e estava há três anos à frente do 6º Batalhão Bombeiro Militar (BBM) de Chapecó, assume, agora, o comando da 3ª Região Bombeiro Militar (RBM) do estado, que compreende todo o grande Oeste catarinense. Ele vai ficar no lugar do coronel BM Marcos Alves da Silva, que foi para a reserva remunerada.

O comando do 6º BBM de Chapecó ficou com o tenente-coronel BM Alcântara. A solenidade que marcou a passagem de comando e a assunção do comando da 3ª RBM, assim como outros atos, aconteceu em Chapecó, na tarde de quinta-feira (16). 

A 3ª RBM tem sede em Chapecó e compreende o 12º Batalhão Bombeiro Militar (São Miguel do Oeste), o 6º Batalhão Bombeiro Militar (Chapecó), o 14º Batalhão Bombeiro Militar (Xanxerê) e o 11º Batalhão Bombeiro Militar (Joaçaba). São cerca de 120 municípios envolvidos.

A função que Parizotto assume agora é muito mais voltada para a gestão, onde ele poderá atuar no planejamento da estruturação das corporações de forma mais efetiva e abrangente. Segundo ele, a região Oeste ainda precisa de mais atenção no que se refere à segurança pública, para que o efetivo possa estar cada vez mais bem preparado e munido de estrutura para enfrentar desafios, como intempéries naturais e situações como o incêndio que ocorreu recentemente em Chapecó.

“Nossa função como gestor é olhar para o futuro e imaginar aquelas situações que todo mundo não quer que aconteça, que as pessoas não imaginam que vai acontecer e colocar isso dentro de um rol de previsibilidade e se preparar para isso. Nós não podemos atuar de insight, temos que estar preparados”, destacou. 

Em 2024, Parizotto deve ser promovido a coronel do Corpo de Bombeiros Militar, assumindo uma das 12 vagas que existem no estado para o último posto dentro da corporação. 

Trajetória

Parizotto ficou no comando do batalhão de Chapecó por três anos. Antes ele atuou no 14ª BBM de Xanxerê, de 2001 até 2020, onde foi decisivo na transformação da cidade em referência no treinamento de combate a incêndios e na formação de binômios (dupla entre bombeiro militar e cão de busca). Natural de Jaborá, ele iniciou sua carreira no Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina em 1992. 

“De onde eu saí, quando eu comecei como sargento, não tinha essa expectativa, não imaginava que o destino seria tão gentil e que eu fosse tão abençoado na vida. Lá na minha adolescência, nem nas minhas maiores ambições eu imaginei que chegaria a tanto. Sou, profissionalmente, alguém absolutamente realizado. A nossa profissão nos dá muita satisfação, porque quando a gente vê que a nossa intervenção em um incêndio como esse que ocorreu agora foi decisiva, ou quando nos nossos atendimentos a gente sabe que uma ação nossa mudou a história de uma pessoa, isso é muito significante. Eu me sinto um ser humano privilegiado e abençoado pelas coisas que aconteceram em minha vida e pela forma como foram acontecendo, pelas as oportunidades que eu tive e a maneira como o destino possibilitou que as coisas acontecessem”, disse Parizotto. 

Incêndio em Chapecó

Para ilustrar e reforçar a importância do preparo do Corpo de Bombeiros, Parizotto destaca o incêndio que atingiu uma distribuidora de combustíveis, em Chapecó, nesta semana. Segundo ele, foi o maior incêndio e com maior risco enfrentado durante toda a sua carreira. 

“Imagine estar com uma equipe no meio de uma fogueira, com labaredas de mais de 20 metros e rodeado por 12-13 milhões de litros de combustíveis. É uma situação em que não se pode errar, as decisões precisam ser as mais acertadas possíveis, porque a repercussão de um erro pode ser muito grave. Esse foi um desafio que mostrou o resultado de todo o investimento que fizemos em qualificação e aprimoramento de efetivo. Nós investimos muito nos últimos anos aqui em Chapecó, naquilo que é base do Corpo de Bombeiros, que é o combate a incêndio, e, ver que o efetivo que lá esteve na linha de frente, próximo do fogo, tinha o know-how e a capacidade para fazer frente a essa situação, isso é muito bom e gratificante, poder ver o resultado daquilo que foi planejado. Nós não fomos lá sem saber o que fazer, todo mundo sabia qual era o seu papel naquele incêndio”, descreveu.

Fotos: Sgt BM Duan/CBMSC