Em sete meses, SC já registrou mais casos de dengue do que em 2022
Santa Catarina já registrou em 2023 mais casos confirmados de dengue do que no ano passado todo. São 96.040 casos confirmados até o dia 24 de julho, 12.764 a mais do que o total registrado durante todo o ano de 2022 (83.276). Os números ainda devem aumentar, já que 16.618 notificações permanecem como casos suspeitos. Os dados foram divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com a Dive, 151 municípios foram considerados infestados com focos do Aedes aegypti. A maior parte está na região Oeste do estado, incluindo Xanxerê. O município já registrou 22 casos autóctones de dengue, ou seja, com transmissão dentro do município e mais sete casos importados, somando 29 casos só em 2023.
Com relação aos óbitos por dengue, 2023 também tem dados preocupantes. Foram confirmadas 89 mortes pela doença e seis ainda seguem em investigação no estado. Durante todo o ano de 2022, foram registrados 90 óbitos pela doença.
“A magnitude da transmissão da dengue no estado de Santa Catarina nos últimos anos está diretamente relacionada com a disseminação do mosquito Aedes aegypti. E infelizmente, o número de óbitos é elevado, tanto em 2022 como neste ano. A dengue é uma doença que pode evoluir para a gravidade. Assim, é fundamental que as pessoas busquem um serviço de saúde diante da presença dos sintomas da doença”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive/SC.
Além da dengue, casos de chikungunya também tiveram aumento em 2023. Até o momento, já foram confirmados 44 casos, desses, 16 foram contraídos em Santa Catarina. Em 2022, foram confirmados 25 casos, sendo três autóctones.
Sinais e sintomas
Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos. Ao apresentar sinais e sintomas, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde. A hidratação intensa é uma das principais medidas de manejo na dengue, sendo importante que a pessoa com sintomas se hidrate desde o momento de espera pelo atendimento.
