Dengue em SC: aumento no número de casos reforça importância da prevenção
O ano de 2022 já registra o maior número de casos de dengue em Santa Catarina. Conforme o último informe epidemiológico divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), já são 32.206 casos confirmados da doença, destes, 28.752 são autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do estado.
Além do aumento expressivo no número de casos, esse ano o estado também já contabiliza o maior número de mortes por dengue: são 26 óbitos confirmados. Para se ter uma ideia do crescimentos dos números em 2022, durante todo o ano passado, foram registrados sete óbitos por dengue e 19.133 casos da doença, sendo 18.752 autóctones.
Em Xanxerê, desde o início do ano até esta segunda-feira (9) já foram confirmados 1.511 casos de dengue e um óbito e há atualmente no município 595 focos do mosquito Aedes aegypti identificados.
Diante desse cenário, é necessária a intensificação das ações de controle vetorial no estado, com o objetivo de reduzir os índices de infestação do mosquito, e consequentemente a curva de transmissão da doença, com ações que devem ser realizadas de formas contínua e integrada, entre a vigilância epidemiológica e vigilância sanitária dos níveis regional e municipal.
Além disso, considerando a transmissão da doença, estão sendo intensificadas as ações por parte da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina em relação a capacitação de profissionais da saúde para a classificação de risco e manejo clínico dos pacientes com suspeita de dengue. Para a população, é necessário que na presença de sintomas, como febre, dores de cabeça, dores pelo corpo, dores atrás dos olhos, entre outros, procurar imediatamente um serviço de saúde, para receber o atendimento oportuno e as orientações corretas dos profissionais de saúde.
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Intensificação das ações
No final do mês de março, a Dive emitiu uma nota de alerta para os serviços de saúde diante do aumento no número de casos e óbitos confirmados e suspeitos relacionados à transmissão de dengue no estado de Santa Catarina no ano de 2022. Além disso, foram realizadas capacitações virtuais e presenciais na região Oeste, Grande Florianópolis e Médio Vale do Itajaí com o apoio da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) para o atendimento dos casos suspeitos de dengue.
Em relação a integração das atividades da vigilância epidemiológica e da vigilância sanitária, no final do mês de abril, uma nota técnica foi publicada e encaminhada aos municípios catarinenses orientando sobre as ações necessárias para prevenção da doença.
Além disso, o governo do estado, através do Decreto Número 1.897, regulamentou a Lei número 18.024, de 2020, que estabelece normas para evitar a propagação de doenças transmitidas por vetores em SC. A norma regulamenta a obrigatoriedade de proprietários, locatários ou responsáveis legais por propriedades particulares ou estabelecimentos adotarem medidas de controle que evitem criadouros e impeçam a proliferação do Aedes aegypti, transmissor de dengue, febre chikungunya e zika vírus.
Eliminar os criadouros
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto;
A Dive esclarece que o uso de inseticidas, como o UBV, faz parte de ações complementares na prevenção da doença.
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