Segurança Pública


Acidentes com animais peçonhentos são mais comuns nesta época do ano; veja como evitar

Por: Repórter da Redação 24/10/2024 às 10:30 Atualizado: 31/10/2024 às 23:20

Com a chegada da primavera, crescem os números de atendimentos do Corpo de Bombeiros Militar da Santa Catarina (CBMSC) com ocorrências envolvendo animais peçonhentos, é necessário redobrar a atenção neste período do ano, acidentes com esses animais podem provocar ferimentos e até a morte em casos mais graves. Em Xanxerê, ao longo das últimas semanas, foram atendidas diversas ocorrências envolvendo, principalmente, cobras e lagartos. 

Em 2023, o Brasil registrou 341.806 acidentes envolvendo animais peçonhentos, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Houve um aumento em comparação com o ano anterior, que totalizou 293.702 casos. Dentre esses eventos, 32.514 (9,5 %) do total foram causados por serpentes.

O 2° sargento Samuel Guarnieri, do 14º BBM de Xanxerê, explica que neste período é comum atendimentos envolvendo esses animais. 

“O aumento dessas ocorrências neste período do ano está geralmente relacionado às condições climáticas e biológicas da estação. O aumento das temperaturas estimula a atividade de animais peçonhentos, como também marca o período de reprodução. Além disso, as chuvas dessa época favorecem a oferta de água e alimento, atraindo esses animais. O maior número de atividades ao ar livre por parte das pessoas, devido ao clima mais quente, também aumenta as chances de contato com esses animais”, comenta o bombeiro.

Além de lagartos e cobras, com a chegada de climas mais quentes, também ocorre o surgimento de aranhas e escorpiões e, independente da espécie, a população deve evitar o contato e chamar pessoas capacitadas para efetuar a remoção de forma segura desses animais. 

“Cobras e lagartos encontrados em casa devem ser evitados e nunca manipulados, pois cobras podem ser venenosas e alguns lagartos, que geralmente não costumam ser perigosos para os seres humanos e tendem a fugir, porém, algumas espécies podem morder e causar ferimentos, se ameaçadas. A recomendação é isolar a área, manter distância e chamar o Corpo de Bombeiros ou autoridades competentes para a remoção segura, garantindo a segurança de todos e do animal”, recomenda. 

Como prevenir o surgimento desses animais

Evitar o acúmulo de lixo, folhas e entulhos é o primeiro passo para impedir a presença de cobras, aranhas, escorpiões e lagartos próximo a residências. 

A aranha-marrom, espécie comum na região, costuma viver atrás de móveis, dentro de armários e sapatos. Desta forma, uma maneira de evitar acidentes é limpar regularmente esses locais e inspecionar roupas, calçados, roupas de cama e banho, antes de usá-los.

É importante também usar luvas de couro e calçados fechados durante o manuseio de materiais de construção, transporte de lenhas, movimentação de móveis e durante atividades rurais ou de limpeza de jardins, para evitar o contato direto com a espécie, e também com a aranha armadeira, outra espécie comum em áreas externas. 

Manter jardins e áreas externas limpas também evita a presença de escorpiões, que se alimentam de baratas e outros invertebrados que podem ser atraídos por meio do acúmulo de lixo e entulhos nas proximidades das residências.

Primeiros socorros em caso de acidente com animais peçonhentos

Conforme informações divulgadas pelo corpo de bombeiros, as ações de primeiros socorros são semelhantes para todas as espécies peçonhentas. De maneira geral, elas são divididas em medidas que devem ser tomadas e em atitudes que devem ser evitadas, seja em função de sua ineficiência ou em decorrência de seu potencial de agravar a lesão, ou os efeitos da toxina.

Medidas a serem tomadas:

  • Lavar o local da picada/local afetado com água e sabão;
  • Manter a vítima em repouso;
  • Remover aneis, pulseiras, braceletes e outros adornos;
  • Procurar o serviço médico mais próximo;
  • Se possível, levar foto/vídeo ou o próprio animal (mesmo morto) para identificação.

 Atitudes que não devem ser tomadas:

  • Não fazer torniquete, garrote ou amarrar o membro afetado;
  • Não cortar ou perfurar o local da picada;
  • Não colocar folhas, pó de café, terra ou outros contaminantes no local;
  • Não oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos à vítima.

Em caso de dúvidas, entre em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC): 0800 643 5252, o qual possui atendimento 24 horas, e presta informações úteis à população sobre animais peçonhentos bem como, intoxicações com medicamentos e plantas.

Em caso de emergência, ligue para os bombeiros através do 193.

Foto: Divulgação/CBMSC






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