Bombeiros


Maior parte dos casos de afogamento ocorre em água doce, ressalta Corpo de Bombeiros

Por: Francieli Corrêa 19/01/2024 às 09:19 Atualizado: 26/01/2024 às 11:02

Embora o pensamento comum associe afogamentos a praias, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) destaca que 90% dos incidentes no Brasil acontecem em ambientes naturais. Dessas ocorrências, 75% têm como cenário espaços de água doce, como rios, cachoeiras, lagos, lagoas, represas e córregos.

Em Santa Catarina, durante a temporada de verão 2023/2024, 30 pessoas perderam a vida devido a afogamentos até o último dia 10, conforme divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). Os dados abrangem o período desde 16 de dezembro do ano anterior, e a idade média das vítimas é de 29 anos.

No caso dos adultos, os homens são as principais vítimas, muitas vezes devido ao excesso de confiança em sua aptidão física, à negligência dos perigos da correnteza local ou ao consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar na água.

No que diz respeito às crianças, independentemente do ambiente aquático, os cuidados devem ser intensificados, pois mesmo um afogamento breve pode deixar sequelas. Portanto, é essencial que as crianças estejam sempre acompanhadas por um adulto, mesmo em áreas supervisionadas por salva-vidas. O uso de coletes salva-vidas é indispensável.

É importante ressaltar que dispositivos flutuantes, como boias de braço, são ineficazes e proporcionam uma falsa sensação de segurança.

Mais dicas para evitar acidentes

  • Não superestime sua capacidade de nadar. Avalie as consequências de um possível incidente;
  • Prefira banhar-se em locais rasos e sem correnteza;
  • Evite banhar-se sozinho - vá com amigos e familiares e/ou procure um local de banho conhecido, com outras pessoas e, se possível, com guarda-vida;
  • Sempre avise o local que está indo para um parente e a hora programada para retorno;
  • Adultos também podem usar coletes salva-vidas;
  • Não nade após refeições;
  • Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade. Um acidente pode provocar sequelas irreversíveis;
  • Se houver monitoramento de guarda-vidas, acate as orientações e atente-se às sinalizações.

Como reagir em caso de acidente

Caso você esteja em um princípio de afogamento, mantenha-se calmo e tente flutuar, colocando a barriga para cima. Desta forma, o rosto ficará fora d'água e os braços livres, permitindo que você chame por socorro. Caso haja correnteza, não tente lutar contra ela; deixe-se levar com as pernas voltadas para o mesmo sentido do rio (protegendo a sua cabeça) e use os braços como leme para se aproximar aos poucos da margem.

Também existe a possibilidade de você presenciar um afogamento na sua frente; nesse caso, é muito importante que você não entre na água para fazer o salvamento se não estiver habilitado para isso - você pode se tornar mais uma vítima. Lance algum objeto que a ajude a flutuar e acione os guarda-vidas ou os bombeiros através do número 193. 

*Com informações e foto do CBMSC

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