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Autor da chacina de Saudades é condenado a mais de 300 anos de prisão

Quatro promotores de justiça atuaram no Tribunal do Júri e conseguiram provar que o réu possuía plena capacidade mental e planejou os crimes
Por: Francieli Corrêa 11/08/2023 às 08:00 Atualizado: 18/08/2023 às 13:03

O autor da chacina na creche de Saudades foi condenado a 329 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, por cinco homicídios triplamente qualificados (motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas) contra três crianças e duas mulheres, e outras 14 tentativas de homicídios qualificados.

Todas as teses da denúncia foram acolhidas pelo Conselho de Sentença. Quatro promotores de justiça trabalharam na acusação. O júri iniciou na manhã de quarta-feira (9) e terminou às 20h30 de ontem (10). 

O crime ocorreu no dia 4 de maio de 2021, quando o jovem, que na época tinha 18 anos, entrou na creche  Pró-Infância Aquarela armado com uma adaga (espécie de espada) e atacou as vítimas.

Os promotores de justiça Douglas Dellazari e Júlio André Locatelli acompanharam todo o processo, desde a prisão em flagrante e a conversão para o regime preventivo, passando pela elaboração da denúncia e a instrução criminal, até o Tribunal do Júri.

Na sessão, Douglas e Júlio fizeram intervenções pontuais durante as oitivas e a argumentação da defesa. O promotor Bruno Poerschke Vieira, que atualmente responde pela comarca, fez a sustentação oral, ressaltando a importância da condenação dentro de um contexto social. "Precisamos estancar essa ferida para que fatos como esse não voltem a acontecer", defendeu.

Na réplica, o promotor Fabrício Nunes falou sobre o sentimento de quem perdeu entes queridos. "A pior dor do mundo é perder um filho. Nada pode ser mais cruel, mais terrível. Resta à comunidade de Saudades a esperança da justiça", disse.

A acusação conseguiu provar aos jurados que o réu possuía plena capacidade mental e planejou os crimes minuciosamente ao longo de dez meses.

Um forte esquema de segurança foi montado para garantir o bom andamento da sessão. Quatro agentes de operações da Coordenaria de Inteligência e Segurança Institucional (CISI) acompanharam os trabalhos do início ao fim.

Após o encerramento da sessão, o réu retornou ao Presídio Regional de Chapecó.

Fotos: MPSC

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