Xanxerense se destaca como narradora de esports
Aos 27 anos, Ketlin Strapasson, moradora de Xanxerê, já tem histórias para contar sobre sua carreira. Ela vem se destacando como narradora semi-profissional de esports no cenário, e em campeonatos, de Free Fire.
Conhecida como “Caçadora”, ela conta que está realizando um sonho desde que entrou para o mundo do battle royale, o qual a levou para os streamings e narração. “Nunca me imaginei no mundo dos games. Sempre trabalhei no comércio. Porém em uma fase difícil da minha vida acabei entrando para os games, onde conheci o Free Fire. Após isso e por incentivo de amigos, me falaram que eu deveria começar a fazer streaming e foi a partir daí que comecei a tentar narrar. Acabou dando muito certo, além de descobrir o que de fato queria para minha vida: ser narradora.”
Com a descoberta de sua nova paixão, Ketlin passou a se aprofundar e investir ainda mais na profissão de narradora, o que a levou a ser convidada para narrar campeonatos de todo o país. Em 2022, a xanxerense foi aos estúdios da Garena - desenvolvedora do Free Fire -, onde são transmitidos os campeonatos oficiais da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF).
“Faz quase três anos que trabalho nesta área e neste ano, devido às oportunidades que surgiram, entrei para a narração semi-profissional. A maioria das competições são narradas da minha casa mesmo. Porém, já fui convidada para ir até Curitiba e São Paulo narrar presencialmente campeonatos para mais de 10 mil pessoas”, conta.
Além do Free Fire, Ketlin também sonha em narrar outros jogos como Valorant e GTA.
Situações desagradáveis
Ketlin relata ainda que, apesar do reconhecimento que tem, já passou por algumas situações desconfortáveis, onde recebeu comentários machistas em suas redes sociais e em chats de campeonatos.
“Quando a mulher decide trabalhar em uma área comumente ocupada por homens ela é testada diariamente. E comigo não foi diferente. Por ser uma voz feminina narrando, muitos podem não achar agradável e, por causa disso, já sofri bastante hater. No começo do mês de maio eu cheguei a passar por uma situação bem triste, onde eu estava narrando e comecei a receber diversas mensagens ruins. Porém, apesar disso, tenho muitas pessoas que me apoiam”, conta.
Ketlin espera que os caminhos para as mulheres na narração, seja em games ou fora deles, sejam ainda mais abertos. “O caminho é difícil e árduo, mas não se pode desistir. Se você tem um sonho, acredito que depende de você mesmo para realizá-lo. Eu estou há mais de três anos batalhando, quem me acompanha sabe o quanto me esforço. Por isso digo: não desista do seu sonho e sempre tente, pois só assim saberá se deu certo ou não”.
Para acompanhar o trabalho de Ketlin basta acessar suas redes sociais: Instagram, Twitter, Tiktok e YouTube.