O céu é o limite: a história inspiradora do jovem que vende docinhos para ser piloto de avião
Em meio aos desafios da vida, há aqueles que encontram maneiras criativas de realizar seus sonhos. Esse é o caso de Maicon Pilatti, um jovem de 24 anos, morador de Faxinal dos Guedes, que quer ser piloto de avião. Determinado a alcançar seu objetivo, ele encontrou uma maneira única de financiar suas aulas de pilotagem: vendendo docinhos pelas ruas das cidades da região.
Nascido em uma família de recursos limitados, no interior, Maicon sempre sonhou em voar pelos céus e explorar os horizontes além das fronteiras. Desde pequeno, ficava extasiado ao ver aviões passando pelo céu, imaginando-se controlando a aeronave. No entanto, sabia que o caminho para se tornar piloto seria desafiador.
Há alguns anos ele e os pais foram morar na cidade e o jovem começou a trabalhar e pesquisar sobre a formação de piloto. Percebeu que só com o salário que recebia seria difícil alcançar esse objetivo, então, há seis meses, apostou em outra forma de ganhar dinheiro.
“Eu pensei em achar um jeito de ganhar um dinheiro a mais, senão meu projeto não vai sair do chão. Olhei na internet umas ideias e vi que dava para tentar apostar na venda dos docinhos. Começamos aos pouquinhos, vendendo pouco na rua, até que consegui uns clientes bons e agora tá fluindo melhor”, conta Maicon.
Atualmente, vende sua produção em Xanxerê, Faxinal dos Guedes, Xaxim e Chapecó e conta com o apoio dos pais para produzir os doces. O caminho para se tornar um piloto de avião ainda é longo, mas sua determinação é inabalável e sua paixão por voar continuam guiando-o. Ele sabe que terá que enfrentar desafios e superar obstáculos, principalmente financeiros, mas está confiante de que, com trabalho árduo e apoio contínuo, alcançará seu objetivo.
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Dias atrás fez seu primeiro voo teste, em Chapecó, e já está dando início às aulas teóricas, que serão feitas pela internet, já que, conforme pesquisou, o curso mais próximo fica em Erechim (RS) e a distância seria um empecilho. Depois dessas aulas e de passar na prova teórica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ele pode, enfim, começar as aulas práticas, que poderão ser feitas em Chapecó. A primeira licença necessária é a de piloto privado, chamada de PP, com a qual pode voar de forma particular, sem remuneração. Depois ele precisa tirar a habilitação para piloto comercial (PC).
São várias aulas e o custo, principalmente das horas de voo, é bem elevado, em média R$ 1 mil cada hora, segundo ele. “Funciona mais ou menos como uma carteira de carro, tem que fazer a teoria e depois começam as aulas práticas, com 40 horas de voo para a primeira habilitação, depois mais 110 horas para a segunda”, explica.
“Mas eu vou dar um jeito!”, comenta confiante. Maicon é um exemplo inspirador de como a determinação e a criatividade podem abrir portas, mesmo em situações difíceis. Sua história lembra que os sonhos não têm limites e que, com perseverança e coragem, é possível transformar obstáculos em oportunidades.
Agora, ele trabalha também na reforma de um food truck, que quer instalar em Xanxerê, para aumentar ainda mais a renda. Mas, não tem do que reclamar da venda de doces, que segundo ele estão indo muito bem. Além da venda de porta em porta, Maicon também aceita encomendas e produz caixas personalizadas, com os sabores que o cliente desejar. Uma ótima ideia, aliás, para o Dia dos Namorados, que está chegando.
Perfil no Instagram para conferir mais sobre os doces: @os_melhore_brigadeiros.