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O céu é o limite: a história inspiradora do jovem que vende docinhos para ser piloto de avião

Ele sai de Faxinal dos Guedes toda semana para vender sua produção de doces nas ruas das cidades da região
Por: Francieli Corrêa 29/05/2023 às 12:12 Atualizado: 05/06/2023 às 22:37

Em meio aos desafios da vida, há aqueles que encontram maneiras criativas de realizar seus sonhos. Esse é o caso de Maicon Pilatti, um jovem de 24 anos, morador de Faxinal dos Guedes, que quer ser piloto de avião. Determinado a alcançar seu objetivo, ele encontrou uma maneira única de financiar suas aulas de pilotagem: vendendo docinhos pelas ruas das cidades da região.

Nascido em uma família de recursos limitados, no interior, Maicon sempre sonhou em voar pelos céus e explorar os horizontes além das fronteiras. Desde pequeno, ficava extasiado ao ver aviões passando pelo céu, imaginando-se controlando a aeronave. No entanto, sabia que o caminho para se tornar piloto seria desafiador.


Há alguns anos ele e os pais foram morar na cidade e o jovem começou a trabalhar e pesquisar sobre a formação de piloto. Percebeu que só com o salário que recebia seria difícil alcançar esse objetivo, então, há seis meses, apostou em outra forma de ganhar dinheiro.

“Eu pensei em achar um jeito de ganhar um dinheiro a mais, senão meu projeto não vai sair do chão. Olhei na internet umas ideias e vi que dava para tentar apostar na venda dos docinhos. Começamos aos pouquinhos, vendendo pouco na rua, até que consegui uns clientes bons e agora tá fluindo melhor”, conta Maicon.

Atualmente, vende sua produção em Xanxerê, Faxinal dos Guedes, Xaxim e Chapecó e conta com o apoio dos pais para produzir os doces. O caminho para se tornar um piloto de avião ainda é longo, mas sua determinação é inabalável e sua paixão por voar continuam guiando-o. Ele sabe que terá que enfrentar desafios e superar obstáculos, principalmente financeiros, mas está confiante de que, com trabalho árduo e apoio contínuo, alcançará seu objetivo.

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Dias atrás fez seu primeiro voo teste, em Chapecó, e já está dando início às aulas teóricas, que serão feitas pela internet, já que, conforme pesquisou, o curso mais próximo fica em Erechim (RS) e a distância seria um empecilho. Depois dessas aulas e de passar na prova teórica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ele pode, enfim, começar as aulas práticas, que poderão ser feitas em Chapecó. A primeira licença necessária é a de piloto privado, chamada de PP, com a qual pode voar de forma particular, sem remuneração.  Depois ele precisa tirar a habilitação para piloto comercial (PC).

São várias aulas e o custo, principalmente das horas de voo, é bem elevado, em média R$ 1 mil cada hora, segundo ele. “Funciona mais ou menos como uma carteira de carro, tem que fazer a teoria e depois começam as aulas práticas, com 40 horas de voo para a primeira habilitação, depois mais 110 horas para a segunda”, explica. 

“Mas eu vou dar um jeito!”, comenta confiante. Maicon é um exemplo inspirador de como a determinação e a criatividade podem abrir portas, mesmo em situações difíceis. Sua história lembra que os sonhos não têm limites e que, com perseverança e coragem, é possível transformar obstáculos em oportunidades.

Agora, ele trabalha também na reforma de um food truck, que quer instalar em Xanxerê, para aumentar ainda mais a renda. Mas, não tem do que reclamar da venda de doces, que segundo ele estão indo muito bem. Além da venda de porta em porta, Maicon também aceita encomendas e produz caixas personalizadas, com os sabores que o cliente desejar. Uma ótima ideia, aliás, para o Dia dos Namorados, que está chegando. 

Perfil no Instagram para conferir mais sobre os doces: @os_melhore_brigadeiros.

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