Saúde


Brasil decreta emergência zoossanitária para gripe aviária e SC reitera medidas de segurança

Ainda não há registro de casos da doença em território catarinense
Por: Francieli Corrêa 23/05/2023 às 10:02 Atualizado: 30/05/2023 às 12:08

A Secretaria da Agricultura de Santa Catarina emitiu uma nota técnica de alerta máximo em relação a medidas de biosseguridade para prevenção à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. A ação ocorre após o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) publicar uma portaria que declara estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional por 180 dias, após casos de gripe aviária detectados em aves silvestres.

O secretário da Agricultura, Valdir Colatto, e a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Celles Regina de Matos, reiteraram a necessidade de reforço de medidas de biosseguridade para avicultura comercial e a recomendação para a restrição temporária de acesso ao ambiente externo para aves criadas livres. O objetivo é proteger a saúde e segurança do plantel avícola catarinense.

Foto: Reuters/Mariana Nedelcu/File Photo

Sem casos em SC

Segundo os órgãos estaduais não há registro de nenhum caso da doença em Santa Catarina. Em caso de qualquer suspeita de influenza aviária, a Cidasc deve ser imediatamente comunicada através do telefone: 0800 643 9300. Não se deve tocar em aves doentes ou mortas.

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Os produtores devem reforçar as demais medidas de biosseguridade e proibir visitas de pessoas alheias ao sistema de produção. A medida visa proteger a saúde e segurança dos plantéis, uma vez que, a entrada da Influenza Aviária nos sistemas de produção comerciais poderá acarretar imensos prejuízos a toda cadeia produtiva catarinense e nacional.

O consumo da carne de aves e ovos é totalmente seguro, conforme respaldado cientificamente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e outros órgãos reconhecidos internacionalmente.

Casos confirmados no país

Na segunda-feira (22), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no Espírito Santo, que estavam em investigação desde a semana passada.

Em nota, o ministério informou que as aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.

Até o momento, são oito casos confirmados em aves no país: sete no Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim; e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. Além da espécie Thalasseus acuflavidus, há ainda aves da Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).

A orientação da pasta é que a população não recolha aves que encontrar doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo, no intuito de evitar que a doença se espalhe.

Ainda segundo o governo, não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial. 

Butantan começa a desenvolver vacina contra gripe aviária

O Instituto Butantan, em São Paulo, começou a desenvolver uma vacina contra a gripe aviária. Segundo o instituto, os testes estão sendo realizados com cepas vacinais que foram cedidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o primeiro lote já está pronto para o início dos testes pré-clínicos, ou seja, testes em laboratório.

O Butantan informou que a vacina começou a ser desenvolvida devido à preocupação de que ela possa se tornar uma nova pandemia. “A gripe aviária tem o potencial de causar nova pandemia, daí a mobilização da instituição, que se iniciou em janeiro deste ano”, disse o instituto, em nota.

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