Saúde


Vacinação contra doenças respiratórias é ainda mais importante no frio, alerta Dive

Por: Francieli Corrêa 22/04/2023 às 08:27 Atualizado: 29/04/2023 às 10:50

Com a chegada do frio é preciso redobrar os cuidados com as doenças respiratórias que costumam ser mais frequentes nesta época do ano. O superintendente de vigilância em saúde e médico infectologista, Fábio Gaudenzi, de Santa Catarina, explica que não é o frio que faz com que as pessoas adoeçam, mas, sim, o comportamento adotado pela população em dias de baixas temperaturas. 

“Os vírus respiratórios circulam entre nós durante todo o ano, mas nos dias frios é comum que as pessoas escolham ambientes fechados para se abrigar, para se aquecer e com esse comportamento acabam aumentando a transmissão desses vírus, entre eles, os que causam a gripe e a covid-19. É por isso que a vacinação contra essas doenças é tão importante, especialmente na população mais vulnerável que têm mais chances de evoluir para formas graves, ressalta o superintendente. 

Além da vacinação, é importante lembrar que existem outras medidas de prevenção para as doenças respiratórias, como: a higienização frequente das mãos; o uso de máscara em caso de sintomas respiratórios; a necessidade de manter ambientes sempre ventilados; o uso da etiqueta respiratória; o não compartilhamento de objetos pessoais; a importância de evitar contato próximo com outras pessoas em caso de sintomas; bem como evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados. 

Campanha de vacinação contra a gripe

A Campanha de Vacinação contra a gripe para a população dos grupos prioritários começou no dia 10 de abril e segue até o dia 31 de maio. O público-alvo da campanha é de 2,9 milhões de pessoas, mas até o momento foram vacinadas apenas 146 mil. A meta é imunizar pelo menos 90% da população para garantir a proteção dessa população.

Devem tomar a vacinar contra a gripe os seguintes grupos:

- crianças de 6 meses a 5 anos de idade

- trabalhadores da saúde

- gestantes e puérperas (mães até 45 dias após o parto)

- idosos com 60 anos ou mais

- professores de escolas públicas e privadas

- povos indígenas

- pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais

- pessoas com deficiência permanente

- profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas

- caminhoneiros

- trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso

- trabalhadores portuários

- funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

A gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), Arieli Fialho, lembra que a vacina contra a gripe demora de duas a três semanas após a aplicação para conferir a proteção adequada, por esse motivo a dose sempre fica disponível na rede pública de saúde antes da chegada do inverno. Além disso, para quem faz parte dos grupos prioritários, é de extrema importância tomar a vacina todos os anos, porque a proteção dura aproximadamente um ano. 

“A vacina contra a gripe é diferente de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. No caso dela, a proteção precisa ser renovada anualmente”, esclarece a gerente. 

Campanha de vacinação contra a covid-19

Além da vacina contra a gripe também estão disponíveis em todos os municípios catarinenses as vacinas monovalentes contra a covid-19 para todas as faixas etárias, a partir dos 6 meses de idade. Toda a população ainda não vacinada ou que ainda não completou o esquema vacinal com as doses de reforço deve procurar uma unidade de saúde para atualizar a situação vacinal. 

Para a população mais vulnerável há ainda a dose de reforço com a vacina bivalente contra a covid-19. A dose está disponível para todos aqueles que tenham 12 anos ou mais, tenham tomado ao menos duas doses da vacina monovalente (Pfizer, Coronavac, AstraZeneca, Janssen), sendo que a última deve ter sido aplicada com um intervalo mínimo de 4 meses, e faça parte de um dos seguintes grupos prioritários:

- abrigados e trabalhadores de instituições de longa permanência (ILPI)

- idosos com 60 anos ou mais

- pacientes imunocomprometidos

- pessoas com comorbidades

- população das comunidades indígenas e quilombolas

- gestantes e puérperas (mães até 45 dias após o parto)

- trabalhadores da saúde

- pessoas com deficiência permanente

- população privada de liberdade, adolescentes cumprindo medida socioeducativa e funcionários do sistema de privação de liberdade.

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