Período sazonal de proliferação de mosquitos transmissores da febre amarela acende alerta

Com a chegada do mês de outubro inicia-se o período sazonal de proliferação dos mosquitos transmissores da febre amarela e, diante disso, já se acende um alerta vermelho para a doença. Segundo a bióloga da Regional de Saúde de Xanxerê, Elizandra Schoenardie, até o presente momento de 2021, não houve nenhum registro de epizootia na região, ou seja, a morte de macacos por febre amarela.

Em 2020, Santa Catarina registrou 127 mortes de macacos vítimas da febre amarela. O último caso confirmado foi de um bugio, localizado em Abelardo Luz, no final de novembro. Com relação aos casos humanos de febre amarela, em 2020, 17 casos foram confirmados, onde dois acabaram evoluindo para óbito. Agora, em 2021, oito casos já foram confirmados e três evoluíram para óbito.

Elizandra explica que a febre amarela é uma doença grave, transmitida principalmente pelos mosquitos do gênero Haemagogus e Sabether em áreas silvestres e próximas de matas. Ela destaca que os macacos não são transmissores da doença, mas, sim, importantes sinalizadores da circulação do vírus, pois vivem no mesmo ambiente que o mosquito transmissor e são os primeiros a morrer.

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Devido a isso, Elizandra ressalta que é importante informar às unidades de saúde quando forem identificadas mortes de primatas, para ver se é possível realizar a coleta de amostras para exames ou pelo menos para que haja o mapeamento das ocorrências.

“A coleta das vísceras do animal precisa ser feita em até 24 horas. Na maioria das vezes o macaco é encontrado em estado de putrefação, mas quando é possível fazer a coleta, o material é encaminhado para análise. Por isso, se a população encontrar um macaco morto precisa avisar a unidade de saúde mais próxima o quanto antes”, explica a bióloga.

Vacinação
Elizandra destaca que a vacinação contra a febre amarela faz parte do calendário de vacinas e é disponibilizada a toda a população de forma gratuita. Além disso, é necessário orientar a população de que é preciso ter pelo menos uma dose da vacina. Em caso de dúvida se já foi ou não vacinado, basta procurar uma Unidade Básica de Saúde, levando sua carteira de vacinação, para que os profissionais analisem e realizem a aplicação, se necessário.

“É uma vacina que está no SUS há bastante tempo e está incluída na carteira de vacinação de todas as pessoas. Em alguns municípios da nossa região, a vacinação contra a febre amarela ainda não atingiu 95%, que é o recomendado pelo Ministério da Saúde. Sempre estamos enfatizando essa questão para que as pessoas procurem as UBS e realizem a vacina da febre amarela, uma doença prevenível”, finaliza.

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