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Dia de São João: quem foi o profeta que teria batizado Jesus

Por: Repórter da Redação 24/06/2022 às 14:32 Atualizado: 01/07/2022 às 17:49

João Batista foi o homem que, de certa forma, abriu as portas para a missão de Jesus. Pregador itinerante nascido na Judeia, ele se tornou líder religioso de um grupo de judeus da época, exaltando a importância de valores como retidão e da prática da virtude. No intuito de purificar as almas, lançava mão do batismo — realizado em cursos d'água, em cerimônias epifânicas.

O batismo não foi uma invenção de João, pois já era praticado na época. A novidade trazida por ele foi o fato de que ele não restringia a participação aos judeus, permitindo também que o ritual servisse para a conversão dos considerados pagãos — e isso motivou polêmicas em seu meio.

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De acordo com os textos bíblicos, João era parente de Jesus. Ele era filho de Zacarias, um sacerdote, e de Isabel, uma prima de Maria, a mãe de Jesus. Segundo a literatura sagrada, Jesus iniciou sua missão evangelizadora somente após ter sido ele próprio batizado pelo primo nas águas do Rio Jordão.

Como costumava acontecer em grupos religiosos daquela época, as pregações de João passaram a incomodar o poder estabelecido. Preso por dez meses, provavelmente em algum momento entre o ano 26 e o ano 28 da era cristã, João acabou condenado à morte pelo governante Herodes Antipas (20 a.C - cerca de 39 d.C). Não se sabe exatamente a idade que João tinha quando foi morto, mas é certo que era mais velho do que seu primo Jesus.

Por muito tempo, pairavam controvérsias sobre a historicidade de João Batista. O principal documento, contudo, que atesta a sua existência é o livro Antiguidades Judaicas, escrito pelo historiador romano Flávio Josefo (37-100) provavelmente no ano de 94.

Josefo se refere a João Batista como alguém que costumava reunir uma multidão em torno dele para ouvir sua pregação. De acordo com as narrativas antigas, foi morto por decapitação. E teve sua cabeça apresentada em uma bandeja.

Simbolismos de João

Embora existisse essa reverência ao personagem desde os primeiros cristãos, o cristianismo só oficializou uma solenidade à natividade de São João no século 4. De qualquer forma, os textos bíblicos concedem a João uma posição especial, ele é apresentado como o precursor do messias e essa imagem é muito forte, é daquele que prepara o caminho da salvação.

O Evangelho de Mateus, por exemplo, apresenta João Batista como alguém muito maior do que um profeta, como o profeta dos profetas.

Festas juninas

João Batista se tornou uma das figuras mais importantes para o cristianismo, e um santo muito popular. Como personagem, transcende o catolicismo — tornou-se figura folclórica, celebrada, ao lado de Santo Antônio e São Pedro, nas famosas festas juninas tão tradicionais nesta época do ano no Brasil.

Algumas lendas ajudam a explicar os elementos típicos da comemoração. De acordo com uma antiga tradição que diz que João nasceu no alto de uma montanha e que uma fogueira foi acesa quando sua mãe entrou em trabalho de parto para avisar aos parentes que moravam na planície. Pode ser daí o início das festas de junho, juninas.

Nos locais nos quais João é padroeiro o novenário é de nove dias, sendo o dia 24 o principal da festa. Catolicamente é esse o rito, mas, o folclore o celebra com fogueira na véspera e outras tradições.

São João é celebrado em todo lugar, com tradições, alimentos, bebidas, fogueira, fogos, bandeirinhas. Cada lugar tem um pouco de suas características.

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Foto: Divulgação


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