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Construção civil impulsiona crescimento de Xanxerê, destaca Sinduscon Amai

Por: Sanny Borges 01/06/2022 às 17:07 Atualizado: 08/06/2022 às 19:14

O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Amai) realizou, na manhã desta quarta-feira (1), uma coletiva para apresentar dados e melhorias sobre o setor em Xanxerê. Segundo o levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a construção civil está entre as principais atividades econômicas dos municípios de Santa Catarina, inclusive em Xanxerê.

O segmento é um dos principais percursores da economia e isso se dá pelo fato de contribuir com o desenvolvimento social, garantindo qualidade de vida para a população, gerando empregos que englobam desde o canteiro de obras, projetos, comércio e transporte de materiais até a venda de moradias, por meio de imobiliárias e corretores.

De acordo com o Sinduscon Amai, em 2021 a construção civil e o mercado imobiliário se destacaram na arrecadação do município de Xanxerê, sendo responsáveis por aproximadamente R$ 20 milhões entre ISS, ITBI, IPTU e taxa de coleta de lixo. O valor representa mais de 12% do total da arrecadação no período.

O sindicato salienta que durante o primeiro trimestre de 2022, Xanxerê teve um saldo positivo de 603 novas vagas de emprego. Desse total, o setor da indústria foi responsável por 342 contratações, representando 56,7% do total de novas vagas. O município foi um dos que mais gerou empregos na região oeste, ficando atrás apenas de Chapecó e Concórdia.

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Desburocratização

Em nível nacional, com a desburocratização dos últimos três anos e com a revogação de diversas normas regulamentadoras, facilitou o crescimento das empresas e atraiu a instalação de novos projetos, gerando expectativa de melhora na economia.

Em nível municipal, o Sinduscon Amai busca tornar o setor mais competitivo. Para isso, vem realizando tratativas junto ao Conselho do Plano Diretor e os Poderes Executivo e Legislativo municipal, para que o Plano Diretor seja revisado para se tornar menos restritivo, principalmente no que se refere ao Código de Obras.

“Dessa forma, reduz os preços das unidades residenciais e amplia a possibilidade de aquisição do imóvel próprio. Isso só é possível se o município for atrativo para os investidores da construção civil”, frisa o presidente do Sinduscon Amai, Alceu Lorenzon.

Setor da construção civil precisa ser competitivo

Segundo o Sinduscon Amai, o setor da construção civil e imobiliário movimenta uma cadeia produtiva gigantesca, gerando milhares de empregos e garantindo que a população tenha a possibilidade de realizar o sonho da casa própria. A construção civil emprega mais de 10% de todos os trabalhadores brasileiros, representando em Xanxerê aproximadamente 12% do total da arrecadação do município.

“Conforme dados da Abrainc, a melhora do PIB da construção civil tem impacto em diversos outros campos de atividade econômica, pois, investimento em obras impulsiona o setor da indústria, do comércio e o desenvolvimento urbano, a construção de moradias diminui o déficit habitacional e amplia a qualidade de vida dos moradores do município, tornando aqui um lugar atrativo e competitivo para a manutenção e instalação de empresas do setor”, destaca.

O sindicato ressalta que no âmbito municipal, além do aumento dos custos, há também uma dificuldade na adequação do Código de Obras, que nos últimos anos perdeu a competitividade em comparação com os demais municípios da região. Dessa forma, o sindicato acredita há uma necessidade urgente de alteração no código de obras, para aproximar com a realidade da construção civil atual.

O código de obras de Xanxerê possui algumas restrições quando comparado com outros municípios da região. Como forma de reduzir os impactos gerados pelo aumento demasiado dos custos da construção civil, muitos municípios tem adotado uma postura de modernização de seus códigos de obras, afim de que se torne mais atrativo para investimentos, que possibilita reduzir o custo médio das edificações, impactando diretamente no valor de venda dos imóveis residenciais para a população.

Durante a coletiva, o Sinduscom Amai apresentou os aspectos positivos com maior liberalidade do setor:

1. Redução nos custos gerais das edificações;

2. Redução no preço médio de venda possibilitando que a população tenha acesso ao sonho da casa própria;

3. Atrair mais empresas do setor para investir no município e consequentemente atrair empresas de outros setores, como, indústria e comércio, etc.;

4. Manter o município atrativo e competitivo para gerar investimentos em todos os setores;

5. Aumentar a arrecadação do município, já que o setor representa aproximadamente 12% da arrecadação geral do município (taxa de licenciamento, ITBI, IPTU e ISS);

6. Otimização dos espaços territoriais disponíveis no perímetro urbano;

7. Reduzir a demanda de ampliação da infraestrutura pública do município, como ruas, praças, escolas etc.;

8. Manutenção das áreas produtivas próximas ao perímetro urbano do município para suas funções industriais e de agronegócio.

“Neste sentido, afim de amenizar os impactos causados pelas considerações expostas, há necessidade urgente de modernização e alteração do código de obras do município de Xanxerê. O objetivo do Sinduscon é que a população tenha mais facilidade na aquisição do seu imóvel próprio, permitindo assim que o município se desenvolva se tornando mais competitivo e atrativo para manter e atrair as empresas do setor”, ressalta o sindicato.

Município de Xanxerê apresenta resultados positivos

O Sinduscon Amai destacou que Xanxerê tem muito a comemorar. Em 2021, o município teve um crescimento geral na arrecadação de cerca de 15%, enquanto que o crescimento na arrecadação do ICMS do município chegou a 28%, bem acima da média estadual e nacional. Outro dado importante é a remuneração dos trabalhadores da indústria de Xanxerê, com valor médio de R$ 2.468,20, assim como a escolaridade dos profissionais que atuam da indústria do município.

De acordo com Lorenzon, o desafio é atrair jovens para a profissionalização técnica, já que o estado vive praticamente o pleno emprego e hoje faltam trabalhadores para ocupar as vagas disponíveis.

“Estudos mostram que em Santa Catarina 12% dos jovens de 15 a 29 anos não trabalham nem estudam. Eles são conhecidos como a geração Nem-Nem. No Brasil, esse percentual chega a 22%. Então o desafio é atrair esse grande percentual de jovens para o mercado de trabalho para evitar maiores dificuldade no setor da indústria”, relata.

No primeiro trimestre de 2022, Santa Catarina registrou o segundo maior saldo de empregos formais do País, ficando atrás apenas de São Paulo. “Não há dúvida que Santa Catarina é uma potência econômica e social para o Brasil. No período, o estado registrou 64 mil novos empregos formais, sendo a indústria e, principalmente, a construção civil, o principal percursor da economia”, salienta o presidente.

Entre os fatores que impulsionam a evolução da construção civil estão a urbanização, geração de emprego e renda para o País. “Os efeitos positivos do setor ultrapassam a fase da obra. Depois que a moradia é entregue ao cliente, o setor movimenta outras atividades, como mobiliário, comércio, profissionais de arquitetura e decoração, por exemplo”, realça Lorenzon.

Em abril de 2022, o índice de confiança do empresário da construção civil aumentou 0,6% em relação ao mês de março. O Banco de Dados da Construção analisa que cada real investido na produção de novas moradias vai gerar na fase seguinte R$ 0,36 de gastos, contribuindo, assim, em torno de R$ 0,16 ao PIB e R$ 0,08 em tributos.

“Por isso, é extremamente importante frisar a relevância do setor da construção civil para o desenvolvimento da economia nacional, destacando as atividades de incorporação e construção imobiliária, que são responsáveis pela crescente demanda do crédito imobiliário”, finaliza.

O sindicato propõe então a modernização do Código de Obras, afim de reduzir os custos dos imóveis e tornar mais atrativo para as empresas do setor da construção civil.

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Foto: Reprodução/Internet

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