Saúde


Varíola dos macacos: o que é essa nova doença que já registra surtos em diversos países?

No Brasil, há dois casos suspeitos, um em Santa Catarina e outro no Ceará
Por: Sanny Borges 31/05/2022 às 15:47 Atualizado: 07/06/2022 às 17:59

Nesta segunda-feira (30) a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), notificou o primeiro caso suspeito de Monkeypox, a varíola dos macacos, no estado. A paciente é uma mulher de 27 anos, moradora de Dionísio Cerqueira, no Oeste.

Além desse, há outro caso suspeito sendo monitorado no estado do Ceará. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados surtos da Monkeypox em países da Europa, da América do Norte e na Austrália. Diante disso, o Governo Federal divulgou uma nota técnica com as principais dúvidas acerca da doença.

Varíola dos macacos: sintomas, transmissão e muito mais

O que é a varíola dos macacos?

O Monkeypox vírus, agente transmissor da varíola dos macacos, pertence ao gênero Orthopoxvírus e pertence à mesma família do vírus causador da varíola humana, e apresenta sinais clínicos semelhantes, porém de menor gravidade. Foi descoberto pela primeira vez em 1958, quando dois surtos ocorreram em macacos de laboratório que eram mantidos para pesquisa.

É uma doença zoonótica e, portanto, afeta também o ser humano. Surtos da doença vêm sendo registrados no mundo desde 1970. A situação atual observada traz um alerta acerca da doença e a importância do controle do vírus Monkeypox.

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Sinais e sintomas

A varíola dos macacos é geralmente uma doença autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas. O período de incubação pode variar de cinco a 21 dias. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia, dor nas costas, mialgia e astenia intensa.

Os pacientes também apresentam erupções cutâneas, as quais se iniciam entre um e três dias após o aparecimento da febre e tende a ser mais concentrada na face e extremidades, palmas das mãos e plantas dos pés, mucosas orais, genitália e conjuntiva.

A erupção evolui para lesões com base plana para lesões firmes levemente elevadas, lesões cheias de líquido claro, lesões cheias de líquido amarelado e crostas que secam e caem. O número de lesões varia de um a centenas.

As complicações da varíola dos macacos podem incluir infecções secundárias, como broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea. A taxa de letalidade varia entre 0 e 11% na população em geral, mas pode ser maior entre as crianças pequenas.

Transmissão

A transmissão de humano para humano é geralmente limitada. A infecção pode resultar de contato próximo com secreções respiratórias, lesões na pele de uma pessoa infectada ou objetos contaminados. A transmissão por partículas respiratórias requer contato pessoal prolongado, o que coloca em risco os profissionais da saúde, membros da família e contato próximo de casos ativos. A transmissão também pode ocorrer através da placenta da mãe para o filho.

A ingestão de carne e outros produtos de origem animal mal cozidos, de animais infectados, é um possível fator de risco nas regiões onde o vírus circula naturalmente. Ressalta-se que o contato prolongado com animais infectados pode ser um fator epidemiologicamente importante.

Tratamento e vacina

Atualmente não há tratamento específico recomendado para a varíola dos macacos. A vacinação prévia contra a varíola na infância pode resultar em um curso mais leve da doença. No entanto, atualmente no Brasil e em outros lugares do mundo, as vacinas originais contra a varíola não estão mais disponíveis para o público em geral.

A vigilância e a identificação rápida de novos casos são fundamentais para a contenção do surto. Os profissionais da saúde e os membros da família estão em maior risco de infecção e devem implementar precauções padrão de controle.

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Foto: R7

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