Saúde


Baixa procura por vacinas preocupa Secretaria de Saúde de Xanxerê

Proximidade do inverno e aumento de casos de síndromes respiratórios aumenta o alerta
Por: Sanny Borges 27/05/2022 às 17:44 Atualizado: 03/06/2022 às 19:55

A baixa procura por vacinas tem preocupado a Secretária de Saúde de Xanxerê. Aberta desde o dia 4 de março, poucas pessoas têm ido atrás dos imunizantes da campanha contra a influenza e sarampo. Da mesma forma, o público que está apto a receber a 3ª e 4ª dose contra a covid-19 também não tem comparecido às unidades de saúde.

Em Xanxerê, a 3ª dose da vacina contra o coronavírus está disponível para todos os adultos com 18 anos ou mais que tenham completado o esquema vacinal com as duas doses há mais de quatro meses. Já a 4ª dose está disponível para os idosos com 60 anos ou mais que tenham um intervalo de quatro meses após a primeira dose de reforço.

No caso da vacinação contra gripe e sarampo, a campanha abrange trabalhadores da saúde, caminhoneiros, crianças menores de 12 anos, gestantes, puérperas, forças de segurança e salvamento, transporte coletivos, professores e pessoas com comorbidades.

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde de Xanxerê, Caroline Cenzi, essa baixa procura pelos imunizantes é uma realidade em todo o estado catarinense. Ela adianta, ainda, que diante dos números apresentados até agora, não será possível atingir a meta da campanha de gripe e sarampo prevista para este ano.

“Sabemos que foram anos difíceis devido à pandemia e houve um aumento muito grande do movimento anti-vacina que acabou prejudicando. Antes, não dávamos tanta importância para as gripes e agora estamos tendo diversos casos. A vacina é de suma importância para prevenir, principalmente a forma grave das doenças”, explicou.

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Importância das vacinas 

Diversas doenças já foram controladas ou erradicadas com a ajuda das vacinas, como a poliomielite, sarampo, rubéola, difteria e, principalmente, a varíola. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação é importante para combater males que causam graves consequências à humanidade, como a covid-19.

“Se formos parar para pensar em todas as doenças que já conseguimos controlar até hoje, foi através da vacina. É histórico que elas trazem benefícios a curto, médio e longo prazo. Fazemos esse apelo, as vacinas estão aí para ajudar a população e, assim, prevenir uma doença que pode ser grave ou fatal”, ressalta.

Todas as vacinas, seja para gripe, sarampo ou covid, estão disponíveis nas unidades de saúde com sala de vacinas: Vila Sésamo, Nossa Senhora de Lourdes, Esportes, Castelo Branco, São Romero, Vista Alegre e Hélio dos Anjos Ortiz. O horário de atendimento é das 7h45 às 11h15 e das 13h às 16h45, de segunda a sexta-feira. 

Vacinação para as crianças

Nas últimas semanas, tem crescido o número de consultas de crianças com sintomas respiratórios e a taxa de ocupação de leitos de UTI pediátrico para tratamento de síndromes respiratórias em crianças no Estado tem alcançado índices de 100%.

O Governo do Estado afirmou que está empenhado em garantir o atendimento pleno aos pacientes pediátricos diante do aumento de casos de doenças respiratórias. No entanto, alerta a população sobre a importância das medidas de prevenção e proteção contra doenças respiratórias nas crianças, em especial contra a gripe e covid.

Caroline Cenzi ressalta que essas medidas de proteção devem ser adotadas no município de Xanxerê também, visto que muitos pais estão optando por não vacinar seus filhos. Ela explica que todas as vacinas, seja para qualquer finalidade, podem causar reações adversas, como febre e vermelhidão no local, mas que, reações graves são raras de acontecer, tornando assim as vacinas seguras.

“Muitos pais não estão querendo que as crianças façam a vacina da covid. Por isso, não chegamos nem a 2 mil crianças vacinadas. A vacina não é obrigatória, mas é muito importante. Os leitos de UTI pediátrica estão lotados e o Estado está procurando vagas fora de SC para internar quem precisa. A covid ainda está aí, ela não foi embora e temos que aprender a conviver, mas existem formas de prevenir e uma delas é se vacinando”, finaliza.

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