Saúde


SES alerta para aumento de casos de doenças respiratórias entre crianças em SC

Por: Francieli Corrêa 24/05/2022 às 17:28 Atualizado: 31/05/2022 às 20:23

Com a proximidade da estação mais fria do ano, aumenta a preocupação em relação a circulação de vírus que causam doenças respiratórias nas crianças. Nas últimas semanas, tem crescido o número de consultas de crianças com sintomas respiratórios, e a taxa de ocupação de leitos de UTI pediátrico para tratamento de síndromes respiratórias no Estado tem alcançado índices de 100%.

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Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde alerta a toda a população catarinense sobre a importância das medidas de prevenção e proteção contra doenças respiratórias nas crianças, em especial contra a gripe (influenza) e a covid-19.

Influenza

Conforme o último boletim epidemiológico da gripe, já foram confirmados 157 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por influenza em Santa Catarina, dos quais 28 evoluíram para óbito. A maior parte dos casos de SRAG foi causado pelo subtipo Influenza A (H3N2), responsável por 113 casos e 23 óbitos. Em relação as crianças de zero a nove anos, foram registrados 36 casos e dois óbitos, sendo 28 casos e dois óbitos causados pelo vírus Influenza A(H3N2).

Cabe lembrar que a vacina contra influenza trivalente que está sendo utilizada na campanha de vacinação contra gripe protege contra três tipos de vírus: Influenza A (H1N1), Influenza A(H3N2) e Influenza B. Portanto, é de suma importância para a proteção das crianças a vacinação contra influenza.

A segunda etapa da campanha de nacional de vacinação contra gripe (influenza) teve início no dia 2 de maio, com a inclusão de novos grupos prioritários, entre eles as crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade e as gestantes e puérperas (mães até 45 dias após o parto).

As crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade fazem parte dos grupos prioritários para vacinação por apresentarem riscos de desenvolver complicações graves e até mesmo óbito. A vacinação das crianças além de protege-las contra formas graves da gripe, contribuem para reduzir a sobrecarga dos serviços de saúde e a reduzir a ocorrência de surtos nesse público, principalmente nas escolas.

Além disso, as crianças e adolescentes maiores de cinco anos de idade que sejam portadores de comorbidades, como doenças crônicas (respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e diabetes) além de outras condições de risco como obesidade, imunossupressão, transplantados e portadores de trissomias também são considerados grupos prioritários.

Covid-19

Aos poucos a covid-19 tem reduzido seu potencial de causar quadros graves e mortes, apesar de ainda se manter uma doença altamente transmissível. Isso ocorre por conta das elevadas coberturas vacinais, que foram capazes de reduzir o impacto do vírus SARS-CoV-2 e suas diferentes variantes em relação a gravidade dos casos.

Assim como adultos, as crianças podem ficar muito doentes após contrair covid-19, além de apresentarem risco de problemas de saúde de curto e longo prazo, incluindo a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Após contrair a covid-19, as crianças podem experimentar uma ampla gama de problemas de saúde novos, recorrentes e contínuos em até quatro semanas após a infecção inicial, como fadiga, tosse, dores musculares e articulares, dor de cabeça, dificuldade para adormecer e problemas de concentração. Esses problemas podem afetar a qualidade de vida das crianças durante um longo período.

As crianças que possuem condições clínicas como asma ou doenças pulmonar crônica, diabetes, obesidade ou doença falciforme ou que tem um sistema imunológico mais fraco estão mais propensas a desenvolverem as formas graves da covid-19. No entanto, mesmo as crianças sem nenhum tipo de comorbidade podem apresentar quadros graves da doença.

Desde o início da pandemia já foram confirmados 69.797 casos de covid-19 em crianças de zero a nove anos, com 1.257 registros de SRAG por covid-19 nas quais foi necessária a internação hospitalar e 48 óbitos. Em 2020 foram 15.054 casos com 249 internações por SRAG por covid-19 e nove óbitos. Em 2021 foram 29.821 casos com 572 internações por SRAG por covid-19 e 29 óbitos. E em 2022, até o dia 15 de maio já foram confirmados 24.922 casos de covid-19, com 436 internações de SRAG por covid-19 e dez óbitos.

As crianças a partir dos 5 anos de idade fazem parte dos grupos prioritários para vacinação contra a covid-19. Para esse grupo, duas vacinas estão disponíveis: a vacina pediátrica do laboratório Pfizer e a vacina CoronaVac do laboratório Sinovac/Butantan, esta para crianças a partir dos seis anos de idade. Todas são vacinas seguras e eficazes, aprovadas pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária para uso no Brasil. Possíveis efeitos colaterais da Vacina Covid-19 em crianças são raros, mas quando ocorrem, os mais comuns são leves e duram pouco tempo, como febre, dor de cabeça, dor no braço e cansaço. Caso ocorra algum sintoma diferente ou persistente, deve-se procurar um serviço de saúde.

As gestantes e puérperas também são considerados grupos prioritários, e sua vacinação além de servir para protege-las contra as formas graves, ajuda a proteger o bebê pela transferência de anticorpos pela placenta e amamentação. Para este grupo, estão autorizadas vacinas do laboratório Pfizer e a vacina CoronaVac do laboratório Sinovac/Butantan.

Medidas de prevenção

Medidas de prevenção ajudam a reduzir as taxas de transmissão de doenças respiratórias nas crianças. É sempre bom manter as atitudes de prevenção que tanto auxiliam na contenção da transmissão de doenças respiratórias, com o a gripe e a covid-19.

Evitar espaços mal ventilados e aglomerações, manter distanciamento físico, lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool gel 70%, praticar a etiqueta da tosse cobrindo o rosto com o antebraço ao tossir ou espirrar, evitar frequentar ambientes coletivos em especial salas de aula se estiver com sintomas respiratórios e usar máscara de forma adequada cobrindo o nariz e a boca sempre que estiver num ambiente público nesse momento de alta transmissão de doenças respiratórias são medidas importantes que devem ser adotadas na rotina.

Além disso, uma alimentação saudável, a prática de atividade física e a ingestão de líquidos ajuda a manter o sistema imunológico ativo. E lembre-se, se estiver com sintomas gripais como febre, tosse, coriza, congestão nasal, dor de garganta entre outros, procure um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento, use máscara e evite circular em espaços públicos enquanto permanecer sintomático.

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Foto: Science Photo Library/Getty Images/Divulgação 

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