Cabo Oliveira fala sobre possível expulsão do MDB
Após muitas especulações sobre como estariam os ânimos entre o vereador Cabo Oliveira (MDB) e o seus colegas de partido e depois da abertura de um processo disciplinar contra ele, que pode inclusive resultar na sua expulsão, o parlamentar resolveu se manifestar e convidar a imprensa para falar sobre o assunto. Em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (13), o vereador de Xanxerê declarou que não tem intenção de sair do MDB e que já protocolou sua defesa.
Pedir para sair do partido, sem justa causa, não é uma opção para Cabo Oliveira, visto que ele perderia o mandato, o que não ocorre caso venha a ser expulso. Mas, segundo ele, não vê motivos para se afastar da sigla pela qual foi eleito em 2020.
“O requerimento alega infidelidade partidária, devido a minha votação no dia 1º de janeiro, para a Mesa Diretora, e por ter tecido alguns comentários a respeito de algumas entrevistas coletivas e individuais do vice-prefeito [Adenilso Biasus]. Eu vejo que é um equívoco, que é mais uma briga interna do próprio partido, por alguns terem aceitado a minha filiação e concorrer à eleição. Como eu fui eleito, alguns membros do partido entenderam que eu deveria seguir orientações, mas essas orientações não estão em ata, portanto é infundada [a afirmação] de que eu tenha cometido alguma infração.”, afirmou o vereador.
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Acompanhe a entrevista completa do vereador:
“Não o considero um emedebista”, afirma Biasus
Nomes importantes do MDB já se pronunciaram sobre o clima que ficou entre o vereador Cabo Oliveira e seus correligionários após a votação para a Mesa Diretora, na qual seu voto foi decisivo para que a presidência da Câmara não ficasse com o grupo de situação ao governo Martarello e Biasus, além de outras ações do parlamentar dentro da Câmara em relação ao governo.
O próprio vice-prefeito, e principal nome do MDB em Xanxerê, Adenilso Biasus, já declarou, inclusive em entrevista a Tudo Sobre Xanxerê na última quinta-feira (12), que Cabo Oliveira não é convidado para os eventos do partido e que não o considera um emedebista.
“O Cabo Oliveira nunca teve uma vivência partidária, ele se filiou ao MDB na véspera do período de filiação, logo em seguida começou a campanha e ele acabou se elegendo em razão da legenda. E, já no primeiro ato, na eleição da Câmara, ele votou contra um companheiro do próprio partido, de uma maneira totalmente injustificável, até porque ele já tinha feito um acordo prévio conosco, tinha apertado a minha mão, a do prefeito e dos demais companheiros”, relembrou Biasus.
Biasus também afirmou que, desde o primeiro dia do mandato, percebe que o vereador se coloca como opositor à atual administração e a seu partido, visto que Biasus é o vice-prefeito e é do MDB também. “Partidariamente não temos relação nenhuma, aliás ele nem é convidado para participar das reuniões do MDB e nem será, porque eu não o considero mais como um membro do partido. Mas, o respeito como vereador, porque aí os interesses do município estão acima, de modo que todas as demandas que ele necessitar da Prefeitura e eventuais contatos comigo na condição de vice-prefeito, eu já o recebi várias vezes, mas para falar de interesses do município.” afirmou Biasus.
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