Polícia conclui investigação sobre ataque a tiros contra mulheres e criança em Xaxim
A Polícia Civil de Xaxim finalizou na sexta-feira (10), o inquérito policial que investigou os homicídios qualificados, sendo dois consumados e uma tentativa, ocorridos no município em 20 de dezembro de 2024. Na ocasião, duas mulheres e uma criança de 4 anos foram baleadas dentro de um apartamento, o que resultou na morte de duas das vítimas.
Os possíveis autores foram identificados como um jovem de 18 anos e um adolescente de 16 anos. Após representação da autoridade policial, o Poder Judiciário decretou a prisão temporária do adulto e a internação do menor. O adulto foi preso no último domingo (5/1), e o adolescente foi apreendido no dia seguinte (6/1).
"A principio, a motivação desses crimes estaria relacionada a uma disputa pelo tráfico de drogas no âmbito interno de uma facção criminosa que atua na região", informou o delegado responsável pela investigação, Lucas Mendonça.
Os suspeitos realizaram o ataque, disparando mais de dez tiros contra as vítimas, sendo uma jovem de 21 anos, uma criança de 4 anos, e a mãe desta, de 24 anos, que está grávida e sobreviveu ao ataque.
Ainda de acordo coma polícia, todas as vítimas foram alvejadas com tiros na cabeça.
Diversas diligências foram realizadas desde o dia do fato, permitindo à polícia em menos de 20 dias esclarecer a autoria, as circunstâncias e a motivação dos crimes. Na delegacia, os suspeitos optaram por permanecer em silêncio.
Na última sexta-feira, os procedimentos investigativos foram encaminhados para análise do Poder Judiciário e do Ministério Público com representação pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva do suspeito maior de idade e manutenção da internação do adolescente.
A soma das penas dos crimes/atos infracionais atribuídos aos investigados poderá se aproximar dos 100 anos - três homicídios qualificados pelo motivo torpe, recurso que tornou impossível a defesa dos ofendidos e contra vítima menor de 14 anos, além dos crimes de corrupção de menores e coação no curso do processo.
Foto: PCSC