Saúde


Doença sem rosto: casos de ISTs chamam a atenção em Xanxerê

Por: Repórter da Redação 23/10/2024 às 10:51 Atualizado: 30/10/2024 às 21:10

Em 2024, foram totalizados em Xanxerê, até o mês de outubro, 113 casos de ISTs entre HIV/Aids, sífilis e HBV. É um número inferior, se comparado aos dados de 2023 (192) e 2022 (140), porém, alarmante, se levar em consideração que os cuidados para a prevenção são simples. 

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), são transmitidas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são propagadas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. É possível a transmissão da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação (caso esteja infectada); também é possível a transmissão por meio de materiais não esterilizados corretamente, como agulhas e cuticuladores. 

Em Xanxerê, os dados chamam a atenção e, apesar de serem em menor número comparado com os anos anteriores, a situação ainda preocupa. Observe a tabela a seguir: 


A coordenadora de vigilância em saúde do município, Caroline Cenzi, alerta sobre a conscientização por parte da população. Pois as ISTs não têm aparência, não aparentam características físicas. 

“O que a gente percebe que as pessoas julgam muito por aparência [...]. Todas elas: HIV, sífilis, hepatites, são doenças silenciosas, a gente não sabe quem tem, quem não tem, não tá escrito na testa, não tem nada que diga na pele ou no corpo da pessoa que elas são portadoras do vírus HIV ou hepatite ou que elas tenham sífilis, né? Então, a melhor forma é usar preservativo”, afirma

Conforme a coordenadora, os dados registrados, em sua maioria, são em adultos. “A gente tem idosos, mas a maioria está na faixa etária dos 30 anos para cima. Há muitas jovens gestantes também com casos de sífilis. Há crianças com a sífilis congênita, que contraíram após o nascimento. A sífilis, em geral, atinge todas as faixas etárias, assim como HIV”, explica. 

Caroline ressalta que o ano ainda não acabou e por isso, os dados podem ser maiores no município. “Também há muitas subnotificações, que são as pessoas que têm a infecção e não avisam, não procuram o serviço de saúde e também há aquelas que têm e não sabem”, diz a coordenadora de vigilância.

Teste

Pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste ao menos uma vez por ano. Recomenda-se que profissionais do sexo façam a cada seis meses. Gestantes devem fazer o pré-natal corretamente, pois a sífilis pode causar aborto espontâneo e também óbito do recém-nascido. 

As testagens são feitas nas unidades básicas de saúde e também no laboratório principal. No laboratório é feito o teste venoso todas as manhãs, das 7h30 às 9h. Não é necessário apresentar pedido médico para testagem, basta estar em jejum de oito horas e apresentar um documento com foto. 

Preservativos gratuitos 

O preservativo, ou camisinha, é mais um dos métodos acessíveis e eficazes para prevenir infecções pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a sífilis, a gonorreia e também alguns tipos de hepatites. Além disso, ele evita uma gravidez não planejada.

São disponibilizados gratuitamente, em todas as unidades básicas de saúde, preservativos masculinos e femininos. 

Foto/Tabela: Jessica Edel / TSX




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