Setembro Amarelo reforça a importância da saúde mental
Setembro é o mês de
conscientização sobre a prevenção ao suicídio, um tema que, apesar de delicado,
precisa ser falado com carinho e cuidado. O lema da campanha, "Se
precisar, peça ajuda!", reforça a importância de olhar para o outro com
empatia, oferecer apoio e como cada um de nós pode ser parte ativa na
construção de uma sociedade mais acolhedora e solidária, onde o cuidado com a
saúde mental seja prioridade.
A campanha Setembro Amarelo
ganhou destaque quando, em 2013, Antônio Geraldo da
Silva, Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, deu notoriedade e
colocou no calendário nacional e internacional. O dia 10 de setembro é
oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Sobre o
assunto, o Tudo Sobre Xanxerê entrevistou a parapsicóloga clínica, Renata Tacca
Borges. Confira a entrevista:
1- "Se precisar, peça ajuda!" é o lema do Setembro Amarelo de
2024. Como você vê a importância em focar um mês inteiro para essa causa?
O Setembro Amarelo é
essencial porque nos lembra da importância em falar sobre saúde mental e pedir
ajuda quando necessário. Muitas vezes, as pessoas que sofrem em silêncio não se
sentem à vontade para buscar apoio, por medo de julgamento ou por acreditarem
que precisam ser fortes sozinhas. Dedicar um mês inteiro a essa causa faz com
que esse assunto seja mais discutido, quebrando o tabu e abrindo portas para
conversas importantes e incentivando quem precisa pedir auxílio sem medo.
2- Com registros de mais de 14 mil suicídios por ano no Brasil, qual
seria a melhor prevenção?
A melhor forma de prevenção
é acolher, conversar, ouvir sem julgar e estar presente para quem está
enfrentando momentos difíceis. Oferecer ajuda profissional, como acompanhamento
psicológico, terapia ou outras práticas que promovam o bem-estar, também é
fundamental. Às vezes, uma conversa simples pode fazer toda a diferença na vida
de alguém que está em sofrimento. A prevenção começa com empatia e cuidado,
tanto da família e amigos, quanto da comunidade.
3- Sendo um tema pouco mencionado, como a sociedade pode, ativamente,
participar da conscientização?
A sociedade pode ajudar
falando mais sobre saúde mental de forma natural. Quanto mais falarmos, mais
normal se torna buscar apoio. Campanhas de conscientização, palestras em
escolas, no trabalho e nas comunidades são passos importantes para diminuir o
estigma em torno da saúde mental. Além disso, é importante oferecer espaços
seguros, onde as pessoas possam compartilhar suas dores e sentir que não estão
sozinhas. Cada um de nós pode ser uma voz ativa, espalhando a mensagem de que
tudo bem não estar bem, e que pedir ajuda é um ato de coragem.
4- Existem sinais claros de que uma pessoa possa vir a cometer suicídio?
De que maneira a família e amigos podem notar?
Sim, há sinais que podem
indicar que alguém precisa de atenção. Mudanças bruscas de comportamento,
isolamento, falar sobre sentir-se um fardo, falta de interesse em atividades
que antes gostava, ou até mesmo comentários sobre morte e suicídio são sinais
que não devem ser ignorados. A família e os amigos podem perceber esses sinais
e oferecer apoio, perguntando com carinho como a pessoa está se sentindo.
Muitas vezes, o simples fato de ouvir sem julgar, pode salvar uma vida.
5- Como a parapsicologia pode ajudar quem precisa lutar contra a
tentativa de suicídio?
A parapsicologia oferece
uma abordagem que vai além da mente consciente, ajudando a identificar e tratar
as causas profundas do sofrimento emocional. Através do Método Grisa,
trabalhamos com o entendimento das emoções e dos traumas que podem estar por
trás de comportamentos suicidas. A hipnoterapia, por exemplo, pode ajudar a
ressignificar esses traumas e criar novos padrões de pensamento e comportamento
mais saudável. O importante é lembrar que existe ajuda, e buscar apoio
profissional pode fazer toda a diferença na vida de quem está passando por
isso.
A parapsicóloga finaliza destacando que cuidar de si mesmo é um ato de coragem, e cuidar do outro é um gesto de amor. "Juntos, podemos criar uma sociedade mais acolhedora, onde pedir ajuda é visto como uma força, e nunca como fraqueza”.