Saúde


Setembro Amarelo reforça a importância da saúde mental

Parapsicóloga clínica fala sobre a campanha de prevenção ao suicídio
06/09/2024 às 14:54 Atualizado: 13/09/2024 às 23:54

Setembro é o mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, um tema que, apesar de delicado, precisa ser falado com carinho e cuidado. O lema da campanha, "Se precisar, peça ajuda!", reforça a importância de olhar para o outro com empatia, oferecer apoio e como cada um de nós pode ser parte ativa na construção de uma sociedade mais acolhedora e solidária, onde o cuidado com a saúde mental seja prioridade.

A campanha Setembro Amarelo ganhou destaque quando, em 2013, Antônio Geraldo da Silva, Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, deu notoriedade e colocou no calendário nacional e internacional. O dia 10 de setembro é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Sobre o assunto, o Tudo Sobre Xanxerê entrevistou a parapsicóloga clínica, Renata Tacca Borges. Confira a entrevista:

1- "Se precisar, peça ajuda!" é o lema do Setembro Amarelo de 2024. Como você vê a importância em focar um mês inteiro para essa causa?

O Setembro Amarelo é essencial porque nos lembra da importância em falar sobre saúde mental e pedir ajuda quando necessário. Muitas vezes, as pessoas que sofrem em silêncio não se sentem à vontade para buscar apoio, por medo de julgamento ou por acreditarem que precisam ser fortes sozinhas. Dedicar um mês inteiro a essa causa faz com que esse assunto seja mais discutido, quebrando o tabu e abrindo portas para conversas importantes e incentivando quem precisa pedir auxílio sem medo.

2- Com registros de mais de 14 mil suicídios por ano no Brasil, qual seria a melhor prevenção?

A melhor forma de prevenção é acolher, conversar, ouvir sem julgar e estar presente para quem está enfrentando momentos difíceis. Oferecer ajuda profissional, como acompanhamento psicológico, terapia ou outras práticas que promovam o bem-estar, também é fundamental. Às vezes, uma conversa simples pode fazer toda a diferença na vida de alguém que está em sofrimento. A prevenção começa com empatia e cuidado, tanto da família e amigos, quanto da comunidade.

3- Sendo um tema pouco mencionado, como a sociedade pode, ativamente, participar da conscientização?

A sociedade pode ajudar falando mais sobre saúde mental de forma natural. Quanto mais falarmos, mais normal se torna buscar apoio. Campanhas de conscientização, palestras em escolas, no trabalho e nas comunidades são passos importantes para diminuir o estigma em torno da saúde mental. Além disso, é importante oferecer espaços seguros, onde as pessoas possam compartilhar suas dores e sentir que não estão sozinhas. Cada um de nós pode ser uma voz ativa, espalhando a mensagem de que tudo bem não estar bem, e que pedir ajuda é um ato de coragem.

4- Existem sinais claros de que uma pessoa possa vir a cometer suicídio? De que maneira a família e amigos podem notar?

Sim, há sinais que podem indicar que alguém precisa de atenção. Mudanças bruscas de comportamento, isolamento, falar sobre sentir-se um fardo, falta de interesse em atividades que antes gostava, ou até mesmo comentários sobre morte e suicídio são sinais que não devem ser ignorados. A família e os amigos podem perceber esses sinais e oferecer apoio, perguntando com carinho como a pessoa está se sentindo. Muitas vezes, o simples fato de ouvir sem julgar, pode salvar uma vida.

5- Como a parapsicologia pode ajudar quem precisa lutar contra a tentativa de suicídio?

A parapsicologia oferece uma abordagem que vai além da mente consciente, ajudando a identificar e tratar as causas profundas do sofrimento emocional. Através do Método Grisa, trabalhamos com o entendimento das emoções e dos traumas que podem estar por trás de comportamentos suicidas. A hipnoterapia, por exemplo, pode ajudar a ressignificar esses traumas e criar novos padrões de pensamento e comportamento mais saudável. O importante é lembrar que existe ajuda, e buscar apoio profissional pode fazer toda a diferença na vida de quem está passando por isso.

A parapsicóloga finaliza destacando que cuidar de si mesmo é um ato de coragem, e cuidar do outro é um gesto de amor. "Juntos, podemos criar uma sociedade mais acolhedora, onde pedir ajuda é visto como uma força, e nunca como fraqueza”.



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