Ponte aguardada há décadas é inaugurada em Abelardo Luz
Os moradores do assentamento Capão Grande, no interior de Abelardo Luz, puderam assistir nesta sexta-feira (5) à inauguração de uma obra esperada há quase 30 anos - a ponte que liga a comunidade à região central do município. A estrutura de 98 metros de extensão substituiu o uso de uma balsa empregada para realizar a travessia até então.
Em épocas de cheias do rio, de estiagem ou outras condições climáticas desfavoráveis, a balsa ficava inoperante e a rota alternativa utilizada como desvio para os moradores possui cerca de 30 km. O investimento em infraestrutura é um dos mais importantes da história do município, beneficiando diretamente mais de 400 famílias e indiretamente mais de mil, que vivem da agricultura.
O prefeito do município, Nerci Santin (MDB), comemorou a entrega da ponte. “Foram anos e anos de espera e agora temos a nossa ponte para ajudar as famílias assentadas e facilitar a travessia da nossa produção agrícola. Só alegria e gratidão neste momento”, disse o prefeito.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do governador Jorginho Mello (PL), acompanhado do secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza, além de outras autoridades locais. “Estamos hoje no Oeste para fazer a entrega de importantes obras. Essa ponte que estamos inaugurando aqui na Capão Grande vai trazer dignidade a essas famílias. Foram anos atravessando de caiaque, barcas improvisadas sem segurança. Agora será uma nova realidade”, destacou o governador.
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, investiu R$ 4,8 milhões na construção da ponte. A Prefeitura ficou responsável pela construção das cabeceiras.
Mais segurança
Ivo Maciel de Souza, morador do assentamento Capão Grande, perdeu um filho que morreu afogado fazendo a travessia. Para ele, a ponte vai trazer, acima de tudo, segurança e qualidade de vida para as famílias que vivem na comunidade.
“Essa ponte é uma benção pra gente. São mais de 22 anos que eu moro aqui e sempre foi essa dificuldade. Antes a gente atravessa de barco de madeira e depois ganhamos essa balsa. Mas, a dificuldade era muito grande porque à noite a balsa não opera e quando chove demais também fica impossibilitada de atravessar por conta da correnteza”, destacou o agricultor.
Fotos: Eduardo Valente/Secom